segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Da Série Reflexão: PORTAS E JANELAS, ABERTAS PELA VIDA






                                 PORTAS E JANELAS: ABERTAS PELA VIDA

Confesso que meu pensamento inicial se deu na janela, meu pensamento divagava sobre possibilidades, as possibilidades, as oportunidades que a vida nos dá e que temos que estar atentos a todas elas. Bom, depois pensei bem no começo, na primeira porta de nossas vidas, aquela por onde chegamos ao mundo, ela pode ser aberta por nós, com nossa força e a força e dor de nossa mãe, isso se nossa chegada for natural, ou também pode ser aberta por um corte, evitando assim nossa força inicial, donde somos retirados e talvez não sei já esteja aí a primeira janela que a vida esteja abrindo, pois não tem o velho ditado “se a vida te fecha uma porta, há sempre uma janela”, então podemos chegar ao mundo abrindo a porta ou saindo pela janela, essas meus amigos serão as primeiras dentre muitas. Percebo que ao chegar ao mundo temos ali um suposto destino traçado pela família em que nascemos e depois ao longo da vida tudo vai mudando, para melhor ou para pior, e isso meus caros nem sempre somos nós que decidimos, porque as escolhas em sua maioria são feita por nós, outras são impostas pelo destino, assim como o título desta prosa, portas e janelas, abertas pela vida, e para vermos estas portas e janelas temos que esta afinados conosco, com o universo, saber olhar, ouvir, falar, tocar, cantar, escrever, tudo isso não só com a matéria, mas também com o espirito, escrever e sentir com a alma, perceber as portas e janelas que se abrem, pois elas nem sempre são vistas a olho nu, saber parar e se ouvir, ouvir seu coração, sua intuição, a hora exata em que vem a inspiração e não titubear, por exemplo, acreditem se quiser, já passava das 23h quando a ideia deste texto surgiu em meu pensamento, meio sonolenta pensei, vou anotar o título e escrevo a amanhã e fiquei me revirando na cama, por fim ouvi meu coração,  a intuição, sei lá e cá estou dividindo com vocês esta experiência frutífera de minha vida, que nasceu timidamente quando eu cavava mais uma porta em minha vida e aflorou de uma forma assustadora quando a vida ou eu, não sei bem fechou uma porta para mim e inexplicavelmente abriu uma janela que se eu não tivesse bem atenta por diversidades de motivos, eu jamais teria coragem de abri-la, nem se quer pensar que eu, uma reles mortal, moradora de uma favela poderia ser chamada de escritora, poetisa, enfim nem algo do gênero, mais como a vida tem sua sabedoria própria, cá estou eu nesta janela, aprendendo a observar para onde as palavras me levam e de uma coisa eu sei, irei até onde elas me levarem, é um caminho árduo, que exige disciplina, estudo, pesquisa, sensibilidade, mas estou disposta a continuar seguindo desta janela que a vida me abriu e tomo a liberdade de fazê-los refletir sobre suas portas e janelas, as que desejam abrir ou fechar, mas jamais deixem de lado as que a vida abre pra todos, elas estão a nossa volta, só temos que percebe-las e abri-las, mesmo que devagar, como tenho feito, mas nunca as deixem fechadas, pois ali pode estar parte de você, de sua história, de sua essência, ou melhor dali poderá vir a brisa que fará sentir a vida de uma forma mais suave, pois desta mesma janela é possível ver o temporal se armando, caindo, e depois que a chuva passa tem lá um arco íris lindo, tudo visto por esta mesma janela. Pense nisso, em suas portas e janelas, uma dica não tenha medo de abri-las e se abrirem jamais as deixem entre abertas, pois aí não será possível ver as estrelas, os raios de sol, e nem sentir a brisa da manhã chegar.

Elaine Marcelina
Rio, 9/12/2012.




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