quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Do Livro Mulheres Incríveis: Edineia Gomes



Edineia Marcelino Gomes

Meu nome é Edneia Marcelino Gomes. Nasci no dia dezoito de julho de 1948. Tenho 65 anos. Eu nasci na cidade do Rio de Janeiro. Minha mãe era do Espírito Santo e meu pai de Minas. Meus avôs, por parte de mãe, nasceram no Espírito Santo e da parte do meu pai, em Minas. Minha vó de parte de mãe eu conheci. Da parte do meu pai, também eu conheci as duas vozinhas. Tanto a
vovó dele, como a minha vó, que era mãe da mãe do meu pai. Tive contato, mas ela era bem velhinha. Lembro de uma época que o avião passou muito baixo na minha casa, ela pensou que estava acabando o mundo, ela saiu correndo, passou mal, evacuou toda, ela era bem velhinha. Minha infância foi de criança que brincava como as outras crianças, mas eu trabalhei na minha infância. Com 6 anos, minha mãe tinha que trabalhar e eu ficava em casa tomando conta das
minhas irmãs, tudo pequena. Eu que ficava. Meus irmãos já eram tudo grande, olhavam, mas minha mãe trancava as portas, pregava as janelas pra gente não ir pra rua, porque a gente morava dentro de uma comunidade, que não pode mais falar favela, agora é comunidade. Minha casa era de pau a pique. Minha casa era assim. Não lembro quem fez. Eu estudei no Colégio das Freiras, na Rua Marize Barros, na Tijuca, número 612. Porque eu tomava conta das minhas irmãs, era pequena e meu irmão, como era muito levado dentro da comunidade, minha mãe botou no colégio interno, na Tijuca. Aí, quando ele veio, ele contava que era bom, aí pedi pra minha mãe me botar também. Aí, minha mãe me botou no colégio de freira, por uma coisa que meu pai trabalhava, que era por uma empresa, acho que era Multiplique, na Avenida Presidente Vargas, onde antigamente tinha o IPERJ. A minha mãe foi lá, conversou com a assistente social. Aí, tinha esse colégio das freiras e ela me botou por lá. Fui pro colégio interno por isso. Pedi pra minha mãe me botar pra eu parar de tomar conta de criança. Aí, eu fui pro colégio interno. Fiquei lá até os 14 anos, porque lá no colégio das freiras só tinha até a quarta série. Quando eu fui pra quinta, que era ginásio, eu tive que sair. Aí, eu vim embora. Foi em meados dos anos 1960, 61, 62. [...]


Leia essa e outras histórias no livro Mulheres Incríveis 3ª ed. – Editora Nandyala, autora: Elaine Marcelina

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