Edineia
Marcelino Gomes
Meu
nome é Edneia Marcelino Gomes. Nasci no dia dezoito de julho de 1948. Tenho 65 anos.
Eu nasci na cidade do Rio de Janeiro. Minha mãe era do Espírito Santo e meu pai
de Minas. Meus
avôs, por parte de mãe, nasceram no Espírito Santo e da parte do meu pai, em Minas. Minha vó de
parte de mãe eu conheci. Da parte do
meu pai, também eu conheci as duas vozinhas. Tanto a
vovó dele, como a minha vó, que era mãe
da mãe do meu pai. Tive contato, mas ela era bem velhinha. Lembro de uma época
que o avião passou muito baixo na minha casa, ela pensou que estava acabando o
mundo, ela saiu correndo, passou mal, evacuou toda, ela era bem velhinha. Minha
infância foi de criança que brincava como as outras crianças, mas eu trabalhei
na minha infância. Com 6 anos, minha mãe tinha que trabalhar e eu ficava em
casa tomando conta das
minhas irmãs, tudo pequena. Eu que
ficava. Meus irmãos já eram tudo grande, olhavam, mas minha mãe trancava as
portas, pregava as janelas pra gente não ir pra rua, porque a gente morava dentro
de uma comunidade, que não pode mais falar favela, agora é comunidade. Minha casa era de pau a pique. Minha casa
era assim. Não lembro quem fez. Eu estudei no Colégio das Freiras, na Rua
Marize Barros, na Tijuca, número
612. Porque eu tomava conta das minhas irmãs,
era pequena e meu irmão, como era muito levado dentro da comunidade, minha mãe botou no colégio interno, na Tijuca. Aí,
quando ele veio, ele contava que era bom, aí pedi pra minha mãe me botar
também. Aí, minha mãe me botou no colégio de freira, por uma coisa que meu pai
trabalhava, que era por uma empresa, acho que era Multiplique, na Avenida Presidente Vargas, onde
antigamente tinha o IPERJ. A minha
mãe foi lá, conversou com a assistente social. Aí, tinha esse colégio das freiras e ela me botou por lá. Fui pro colégio interno por isso. Pedi pra minha mãe me botar pra eu parar de tomar conta de
criança. Aí, eu fui pro colégio interno.
Fiquei lá até os 14 anos, porque lá no colégio das freiras só tinha até a quarta série. Quando eu fui pra quinta, que era ginásio, eu tive que sair. Aí, eu vim
embora. Foi em meados dos anos 1960,
61, 62.
[...]
Leia essa e outras histórias no livro
Mulheres Incríveis 3ª ed. – Editora Nandyala, autora: Elaine Marcelina
Nenhum comentário:
Postar um comentário