YA
MARIA DE IANSÃ
Maria,
Maria de Iansã, Mãe Maria, Tia Maria, Ya Maria. Negra, mulher, mãe zeladora de
Orixá, valente, cozinheira de axé, tantas atribuições, tantas que não cabem
aqui. Mãe Maria respirava axé, respirava amor, exalava flor, acalentava a dor
de todos os filhos, dos da carne aos espirituais, trinta e cinco anos gerando
filhos de axé, transmitindo sabedoria com gentileza, doçura, caridade e
dedicação em nome da fé, do amor ao Orixá. Felizes daqueles que conheceram
Maria, Tia
Maria, saudosa Maria que deixou seu cheiro, sua essência por onde passou, deixou marcas, deixou
herdeiros, deixou saudades. Agradeço-lhe
por ter convivido o pouco que a vida me permitiu com a senhora, isto me faz renovar minha fé a cada dia no axé, por
tudo que representou e representa
pra mim. Onde quer que esteja,
peço-lhe a bênção. Obrigada, guie-me por
onde for... Sinto ainda seu sorriso, ouço suas explicações... Vejo sua dança
pra Iansã, a vejo cozinhando o axé... Quando entro no “Ilê Ase Arutoboigbo”, a
vejo de braços abertos e sorriso largo. Seja feliz por onde andar, pois, por
onde andou, plantou flores e, agora, está na hora de colhê-las. Asé!
Leia essa e outras histórias no livro
Mulheres Incríveis 3ª ed. – Editora Nandyala, autora: Elaine Marcelina
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