MÃE TINHA QUE SER PRA
SEMPRE
Sei que o título parece egoísta, partindo do princípio que não somos
eternos, e porque será que uma filha teria tal desejo? Vou explicar minhas
razões, sem intenção alguma de me justificar, somente explicar um desejo tão
louco que me passou pela cabeça bem próximo de completar meus 40 anos de idade.
Pois bem vamos lá, durante um pensamento dia desses fiquei contemplando a
harmonia da relação que consegui atingir na convivência com minha mãe, que foi
durante algum tempo conturbada. Eu cresci na casa de uma família emprestada até
meus 10 anos de idade, e neste período meu sonho era viver com minha mãe,
quando finalmente aos 10 anos realizei meu sonho, fui morar com minha mãe perdi
um pouco de minha infância, pois desde está idade comecei a ajudar nas tarefas
domésticas e na criação de meus irmãos, então o sonho em determinados momentos
se tornou um pesadelo e a convivência com minha foi truncada, muitas cobranças
e isso durou oito anos, pois aos 18 anos de idade sai de casa, não aguentei a
convivência com ela. Segui em frente, com muito amor e muitas magoas da minha
mãe. No ano de 1999, fui demitida de meu emprego e certa vez minha mãe disse
assim “ se pudesse faria como aquelas mães da central, teria ficando com todos
vocês juntos, nem que fosse ali pedindo feito elas” e confesso foi a primeira
vez que pensei no lado de minha mãe, nas razões dela para nos deixar, porque
fui deixada lá junto com dois irmãos, estes nem chegaram a conviver com ela e
claro a cobram até hoje.
E como a vida tem seus caminhos, suas razões, quando minha filha nasceu em 2004, minha mãe praticamente se mudou para minha casa e agora nos últimos oito anos tenho tido o prazer de conviver com ela todos os dias em minha casa, somos hoje mais que mãe e filha, somos amigas, companheiras, confidentes e isso tem me feito pensar no tempo que perdemos para nos entendermos, quase 40 anos, ela é uma jovem senhora, tem 56 anos e todas as manhãs me ouve, é quase que um ritual, acordo ela faz o café e começamos a conversar sobre tudo, o que estou escrevendo, as contas, a casa, a criação, tudo mesmo, ela debocha de meus sonhos, me chama de sonhadora, e fico chateada, digo que não contarei mais nada, e no dia seguinte estamos lá, no mesmo ritual, o café, a conversa e é por isso que comecei a pensar que não quero perde-la, pois agora que nos entendemos, o tempo passou para as duas, da um medo, só de pensar na falta que ela pode me fazer. Parece até que estou agourando ela, mas longe de mim, é que atingimos uma convivência harmônica e plena. Então os convido a pensar, a refletir, pensem em suas mães, não as cobre atitudes que tiveram no passado, foi o que deu pra fazer, é isso, como nossas falhas, entende? É o que acho hoje, depois de tantas idas e vindas em nossa relação. Mãe, eu te amo, é clichê, mas é a pura verdade, é a família que tenho, eu, você e Anna Clara, unidas na carne, na vida, no astral em tudo. Um abraço eterno.
E como a vida tem seus caminhos, suas razões, quando minha filha nasceu em 2004, minha mãe praticamente se mudou para minha casa e agora nos últimos oito anos tenho tido o prazer de conviver com ela todos os dias em minha casa, somos hoje mais que mãe e filha, somos amigas, companheiras, confidentes e isso tem me feito pensar no tempo que perdemos para nos entendermos, quase 40 anos, ela é uma jovem senhora, tem 56 anos e todas as manhãs me ouve, é quase que um ritual, acordo ela faz o café e começamos a conversar sobre tudo, o que estou escrevendo, as contas, a casa, a criação, tudo mesmo, ela debocha de meus sonhos, me chama de sonhadora, e fico chateada, digo que não contarei mais nada, e no dia seguinte estamos lá, no mesmo ritual, o café, a conversa e é por isso que comecei a pensar que não quero perde-la, pois agora que nos entendemos, o tempo passou para as duas, da um medo, só de pensar na falta que ela pode me fazer. Parece até que estou agourando ela, mas longe de mim, é que atingimos uma convivência harmônica e plena. Então os convido a pensar, a refletir, pensem em suas mães, não as cobre atitudes que tiveram no passado, foi o que deu pra fazer, é isso, como nossas falhas, entende? É o que acho hoje, depois de tantas idas e vindas em nossa relação. Mãe, eu te amo, é clichê, mas é a pura verdade, é a família que tenho, eu, você e Anna Clara, unidas na carne, na vida, no astral em tudo. Um abraço eterno.
Elaine Marcelina
Rio de Janeiro, 3/5/2013.
Rio de Janeiro, 3/5/2013.
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