quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Da série reflexão: No apagar das luzes...

 NO APAGAR DAS LUZES


Quando as cortinas do teatro se fecham, só resta a família. Sabe, quando já encenamos e atuamos nos diversos personagens que a vida nos dá, e que por vezes nos impõe? Pois é, aí as luzes do tablado se apagam, as cortinas se fecham e vamos tirar a maquiagem, e para nossa surpresa e alegria, quando as luzes do teatro se acendem, ainda tem lá um público fiel que nos acompanhou por toda a vida, em todas as temporadas, nos ajudou a decorar os textos, em dado momento nos ajudou até a construir e viver o personagem. Quem esta lá na primeira fileira é a nossa família. Que esta sempre lá, antes, durante e após o espetáculo, nos conduzindo no nosso maior espetáculo, a vida. E este público nós é que temos que aplaudir e de pé.

Elaine Marcelina

Dá série reflexão: Fazendo as malas...

                                                          FAZENDO AS MALAS

Estou de malas prontas para uma viajem nova, farei esta viajem durante 365 dias, o meio de transporte irá mudando conforme o destino, que mudará de tempo em tempo, ora irei a pé, ora de ônibus, metrô, trem, van, Kombi, talvez avião, navio ainda não, barca as vezes, catamarã e o trajeto será feito diariamente a cada amanhecer verei a rota que seguirei.
De volta na arrumação das malas, já coloquei umas 3 mudas de coragem, 3 pares de humildade, uma muda de fé, algumas ou melhor muitas mudas de paciência, há coragem não pode faltar, essa acho que tem que ser a primeira coisa a colocar na mala, porque uma viajem dessas requer coragem, coragem para seguir em frente, se alguns lugares por onde passar forem difíceis e você tiver que fazer uma parada, saiba que as vezes é necessário para que a viagem continue sem grandes imprevistos.
Sei que será o momento de me reinventar, esta viagem será minha chance de mudar a rota, seguir novos caminhos para chegar até o final dela, sem dores, preciso retirar o peso das outras viagens, sabe já fiz trinta e nove viagens dessas, este ano completarei a quadragésima viagem, só que desta vez é preciso muita cautela no caminho, sabedoria, paciência, ajuda, apoio, vida, fé, muita coisa, mas sei que o melhor da viagem esta nas pequenas coisas, nos detalhes, nas pessoas que as vezes embarcam com agente, que nos mostram varias formas de fazer esta viagem, porque já têm mais viagens que você e sabem alguns truques do caminho, como pegar alguns atalhos, porque a viagem é longa e você não pode desistir no caminho.
Acabei de fazer as malas, acho que estou levando o necessário para o primeiro mês, e vou refazendo a mala de acordo com a necessidade vai colocando ou tirando alguma coisa da mala. Da última viagem eu tirei um grande peso que carregava quase uma tonelada e agora estou um tantinho mais leve para iniciar a nova viagem. Desejo sorte e perseverança pra mim e para todos na nova viagem.


 Elaine Marcelina

Da série Reflexão: Repaginando...

 REPAGINANDO... REPENSANDO... REAVALIANDO

Os impasses da vida, as bolas divididas me fazem ir para cima, lutar por meus direitos, tentar ir driblando a bola até o gol, mesmo que a bola bata na trave, porque acho importante não parar no meio do campo, só porque o time esta perdendo, temos nosso potencial e até que o juiz apite o fim do jogo, os fins da prorrogação ainda têm tempo. Então foi assim desta forma que aprendi a levar a minha vida, mas em alguns momentos algumas atitudes nossas ou de outros conosco, nos faz parar para pensar se estamos certos, se sabemos lidar com os nãos da vida, ou será que a vida para nós tem que ser feitas de sim?
           Nos últimos dias venho passando por esta reflexão, até que ponto tenho que ir pra cima, Cavar o pênalti, Bater o pênalti fazer o gol e sair vencedora? Porque posso somente jogar em minha posição e as situações serão criadas em equipe, no coletivo, pois não posso pensar que levo o time nas costas, é loucura! Um time tem onze jogadores e na vida tem muitos jogadores, entretanto em determinadas partidas jogamos com alguns poucos deles em outras com mais, porém o que emparelha a vida com uma partida é que não acertamos sozinhos e também não perdemos sozinhos. Nós temos que ter fé no outro, acreditar que ela vai te passar a bola e você fará o gol e você também passará a bola para quem estiver em melhor posição. Diante deste panorama vamos as reflexões, as vezes nos sentimos depreciados, postos para trás em diversas situações desde a vez em uma fila, até a atenção de um ente querido ou na sociedade de uma forma geral por gênero, por etnia, por classe social e etc.
          Hoje comecei a pensar que nem sempre temos a razão em nossas reclamações, por vezes o atendente da loja realmente não te viu ou outra situação qualquer, que não o que você tem como certo, outra grande questão é quando alguém da família ou um amigo te diz não e aquilo virá um nó, mas para o outro foi só uma decisão simples, pelo ponto de vista dele, e nós algumas vezes fazemos disto um tragédia, ainda tem aquelas visitas deguarda compartilhada que sempre fogem ao nosso controle, e isso tem me feito pensar muito, primeiro damos muito valor as regras, aos combinados, sabendo que a vida é pulsante e tudo pode mudar, caso mude o mais importante não é a visita daquela semana, naquela hora que vai contar no fim da vida, o que vai contar é todo o resto, todo o comprometimento, todas as outras visitas que ocorreram sem problemas e mais o carinho, o amor, a dedicação, a atenção.
       Parar neste momento para reavaliar, fazer um balanço é importante, até porque não posso reescrever minha história, mas com toda certeza posso repensar meus valores, minhas idéias, meus “sim”, meus “nãos”, minha vida, de forma a viver, mas leve, sem tanto rigor com os horários, com as datas, com as pessoas, com os amigos, com a filha, com a família, com tudo e todos a minha volta, até porque não detemos o poder de conduzir tudo, com uma varinha de condão. Precisamos viver, sabendo ou aprendendo a conviver com o sim, com o não, com o talvez, com o até já, com o até logo, com o até breve.


 Elaine Marcelina

Da série reflexão: O medo da morte

O MEDO DA MORTE

Quem é a morte? Você a conhece? Quem a batizou? Sei que não se deve começar um texto com tantas indagações, porém o título já nos faz congelar, e você sabe por quê? Acho que irei abordar uma questão que vem me afligindo a cerca de mais ou menos um mês e ontem conversando com um amigo ele me disse:
_ Não sei te responder se tenho medo da morte, mas sei de uma coisa, qualquer um pode morrer, ter um infarto de repente, ser atropelado, uma bala perdida, enfim, não só quem está enfermo.
E aí parece que o mundo se abriu novamente diante de meus olhos, porque vou confessar uma coisa a vocês, até o momento desta conversa, eu achava que poderia bater de frente com a morte a qualquer momento, e comecei a fantasiar tudo, como seria, e o enterro, e minha filha, com quem ficaria, aí fui mais longe, já que estou prestes a morrer vou escrever meu obituário, e as loucuras diante da possibilidade de morrer não paravam, pensava, será que irei ao meu enterro, e meu espírito dormirá junto com meu corpo, ou irar vagar por aí, e se eu descobrir que acabou e pronto, não tem vida após a morte. Diante de tudo isso o diálogo me fez muito bem, e acordei hoje com vontade de viver até que a morte chegue, não posso viver pensando nisso, se não acho que ela largará seus afazeres e virá até mim antes do tempo. Bom quando nos entendemos por gente e ficamos sabendo o que é a morte, claro não queremos morrer mesmo sabendo que é a única certeza que temos na vida, e começamos a viver do jeito que dá, depois do jeito que queremos e quando recebemos a noticia de que estamos doente passamos a viver assombrados, pensando que tudo irá acabar num passe de mágicas, mas não é assim, acredito que tudo tem seu tempo, até a morte, vai chegar no tempo certo. E agora, passada essa vontade de escrever meu obituário, e de encontrar a morte ao abrir a porta ou no banheiro, enfim, resolvi viver com responsabilidade e qualidade, uma vida saudável, talvez tardiamente, mas o importante é que estou mudando o meu cardápio, meus conceitos, minha alimentação e só falta acabar com o sedentarismo, aí acho que o restante será a vida que se encarregará, pois se eu morrer amanhã, vivi hoje com qualidade e se morrer daqui há alguns anos vou ver o quanto é possível mudar em qualquer fase da vida, basta querer. Agora quanto ao medo de morrer esse é comum em muitas pessoas doentes ou não, algumas pessoas não estão doentes, mais nem saem de casa por conta das mortes e violência mostradas no noticiário, então a morte é algo que está no imaginário, assim como o medo e quando se juntam piora a situação. Convido todos a refletirem seus medos, a morte e a vida, e o quanto gosta de viver a partir daí, dependendo da sua vontade de viver será o seu combustível para superar as mazelas da vida, que por vezes culminam na morte.

Elaine Marcelina





Da série reflexão: Como carregar o piano?

                                            COMO CARREGAR O PIANO?

Ontem me vi numa situação inusitada, piriquitante, e me veio o pensamento de estar carregando um fardo, um peso enorme, um piano, podem pensar porque um piano? Porque não sei dizer, só sei que já ouvi esse termo e se encaixa perfeitamente nesta situação, ufa!! Como carregar o piano? Como tirá-lo do lugar? Sozinha, nem pensar! Foi quando vi a resposta, bem a minha frente, ou ao meu redor, sei lá. Nesta fase nova de minha vida estou tendo a ajuda de várias pessoas, sendo que algumas colocam a mão no piano e tentam carregá-lo comigo, outras não, elas, param, olham, olham e arriscam um palpite, tipo “se você segurar na calda, acho que consegue carregá-lo melhor” e seguem seu caminho, outras dizem “este piano é bem leve, né?” E eu ali me arrebentando, tentando não cair, me equilibrando com o piano nas costas, a espera de um milagre, do tipo, cheguei ao fim da linha, já posso largar o piano, consegui, venci, enfim tudo isso passa pela minha cabeça neste momento, enquanto tento esboçar um sorriso, no decorrer da conversa, porque o piano ainda está lá, bem nas minhas costas e existe uma pessoa incansável, que tem revezado comigo este peso, este fardo, este piano, essa pessoa é minha mãe, mesmo a trancos e barrancos tem me ajudado como pode neste trajeto que venho seguindo a cerca de 45 dias. Vou conseguir deixar este piano no local certo e na hora certa e sei que quando o fizer, sairei dali com mais experiência, fortalecida, mais madura, não sei se menos dura com a vida, mas vou tentar não deixar este peso me endurecer mais do que já sou, vou tentar ser leve ao final e tirar deste piano as notas mais suaves para seguir minha caminhada, e quando pensar no período em que o carreguei, pensarei também no som que ele emitia e talvez fosse este som que me fizesse agüentar o peso e não desistir, confesso que por muitas vezes pensava “Meu Deus! Não tenho mais forças! E respirava fundo e buscava aquele sopro, aquele fôlego que pensamos ser o último, mais ainda bem que não é, anda estou carregando o piano, mas consegui escrever e isso me da um gás para conseguir suportar por mais um tempo. Então para carregar o piano, seja firme, não desista, não fique iludido quando pararem perto de ti, pois nem sempre é apara ajudá-lo, tenha coragem e perceba quem de fato está segurando piano com você, tente se equilibrar e não ter mais que carregar o piano em sua trajetória, mas se for inevitável, jamais esqueça as lições que aprendeu enquanto o carregava pela primeira vez, e por fim nada é eterno, tudo tem início, meio e fim.

 Elaine Marcelina

Receita da Felicidade!!!!


RECEITA DA FELICIDADE
Ingredientes:
100 gramas de alegria
150 gramas de amor puro
500 gramas de bom humor
200 gramas de energia vital
1 Kg de esperança na vida
150 a 690 gramas de sexo
100 gramas de compreensão
150 gramas de amor ao próximo
200 gramas de paixão
500 gramas de diálogo
100 gramas de reflexão
01 pitada de emoção
01 gota de euforia
01 lata de caráter
01 toque de ousadia, a gosto.

Modo de preparar
Colocar todos os ingredientes num recipiente límpido, mexer com as mãos, até formar uma massa homogênea, colocar na forma da vida, deixar assar pelo tempo necessário, para o seu forno pessoal, assim que o cheiro começar a exalar por seus poros, e a alegria sair por seu rosto esboçando um sorriso largo e seu coração estiver leve, a felicidade estará pronta pra ser servida e absorvida por você e os seus. Este prato deve ser servido quente, com o calor necessário para aquecer o coração e encher sua vida de alegria e felicidade.


 Elaine Marcelina

Dá série Reflexão: SEMEANDO, CUIDANDO E VENDO DAR FRUTOS

SEMEANDO, CUIDANDO E VENDO DAR FRUTOS

Quem já ouviu a seguinte frase “vou colher os frutos”, e pode ser no sentido literal ou poético, e seja como for, digo qual sentido for, para colher você tem que plantar e para plantar, você tem que semear, e dependendo da terra, se a terra não for boa, tem que adubar, este processos feitos, adubo, terra arada, semeada, tem que cuidar, tem que regar, não deixar da praga, se der praga na plantação tem que usar química para não perder toda a colheita e por ai vai, nem toda terra é daquelas onde se diz “nesta terra tudo que se planta dá”, seria uma beleza se fossem todas assim, mas como tudo na vida requer uma dose de sacrifício, temos que seguir passo a passo, cuidar da terra, semear, regar, cuidar da plantação, até que possa colher os frutos e na vida funciona desta forma também, não se planta couve o colhe manga, e vice e versa, ou que tento dizer, que se você quer ter uma boa colheita, regue muito bem o seu jardim, cuide de sua plantação, não fique preocupado com a plantação do vizinho, por corre o risco de quando ele tiver colhendo os frutos dele você ficar lá embevecida olhando e quando se der conta sua plantação não vingou, e aí até saber onde esta o erro, já foi tempo, pois enquanto você vai ficar ali tentando entender o processo de sua falha, lembra do seu vizinho que cuidou bem da plantação dele? Então ele já esta arando a terra novamente para um novo plantio. Então vou dar uma sugestão, porque conselho se fosse bom, ninguém dava vendia, certo? Cuide de sua plantação, fique atento, deixe a plantação do outro, e outra coisa, de suma importância, se o seu canteiro só da para plantar couve, não inveje a plantação de manga do seu vizinho, cultive sua couve até que se um dia você tiver que ter uma plantação de manga você chegue lá da melhor forma, cada um com seu cada um, pois bem cuide de sua vida, de sua plantação e ira ter a melhor colheita de sua vida sempre, seguindo essas sugestões, mas fique a vontade, pois é só uma sugestão. Tenho feito assim e mesmo que a colheita demore, o saldo tem sido positivo, e vamos seguindo as estações, estamos no outono, época boa para o plantio. Cultive seu jardim, deixe-o florescer e as borboletas certamente chegarão.
Elaine Marcelina

Rio de Janeiro, 3/4/15

Dá Série Reflexão:

ALIMENTE SUA FÉ, CADA QUAL COM A SUA

O alimento para alma é a fé. Quando ouvimos o ditado “a fé remove montanhas”, podemos até achar uma loucura, ou crer cegamente, eu fico com a segunda opção, porque a fé é uma das melhores coisas que o ser humano pode cultivar nesta vida, a fé é como um sopro, um vento, você não o vê, mais o sente, a fé é assim, não podemos tocá-la, mas ela existe, e quando digo cada qual com a sua, é porque a fé vai se manifestar de muitas formas, e ela não precisa ser grande, basta ser do tamanho de uma semente de mostarda, esta valendo, porque como diz o outro “veneno pouco também mata”, e se veneno pouco mata, a fé em pequena ou grande quantidade não importa, o que importa é que ela exista, e acalente a alma de acordo com sua necessidade. Alimente-se de fé, embale sua alma com o suspiro mais profundo que tenha dado em toda sua vida, pois se alimentar de fé é tal qual respirar, é um ato inconsciente e presente ao mesmo tempo, não podemos ficar sem ar, podemos? Quanto tempo você agüenta ficar sem respirar? E sem fé? Como viver sem fé? Quanto tempo você viveria solto neste mundão, sem crer em uma força maior que te move, que te embale todas as manhãs e todas as noites de sua vida, quiçá até a eternidade! Pense nisso! Cultive sua fé! Trate bem dela, assim como o ar que você respira.
Elaine Marcelina

Rio de Janeiro, 3/4/15

Dá Série Reflexão:

COLHEITA EXTREMAMENTE JUSTA!

A colheita é uma preocupação que paira sobre os mortais, tal qual o sol e a lua, um de dia o outro a noite, e assim é o pensamento do ser humano, como ter uma colheita justa? Embora para ter o justo, você tem que ter sido justo, e aí meus queridos, é que a porca torce o rabo, porque as vezes eu nem plantei mas quero colher, como assim? Bem assim, desse jeito, a pessoa passou a vida toda a passeio, não se deu conta de que tinha uma missão por aqui, e um belo dia acorda blasfemando, “Isso não é justo! ” “Porque estou passando por isso? ” “Só comigo que acontece isso! ” “Não aguento mais, perere pão duro”, e a essa altura, Inês é morta, quem é a Inês? Não sabe? Pois bem a Inês poderia ser a Maria, a Ana, a Julia ou a Joaquina, é só uma maneira de dizer que já era, já foi o tempo já passou meu bem e você ficou aí estagnado, vendo a banda passar e quando se deu conta a música já havia parado, e você se encontrava ali inerte, no mesmo lugar. E como ter a tão sonhada colheita? E ainda por cima Extremamente Justa? Me desculpe, mas é querer demais, não acha não? É só uma dica de como por vezes ficamos paralisados diante da vida, reclamando, ou até mesmo curtindo, bebendo, e deixamos a vida passar diante de nossos olhos, e um belo dia quando acordamos e olhamos no espelho ele está lá e você se pergunta, ué? Ele não estava aí ontem, como ele apareceu? Ele é seu primeiro fio de cabelo grisalho, um dos sinais de que a vida já esta bem adiantada, e você nem se deu conta, pois com toda certeza ele não aparece do dia pra noite, leva um tempo, e esse tempo é primordial para seu crescimento, para que sua mente esteja tão evoluída quanto seus fios brancos, de forma que você tenha orgulho deles, do que eles de fato representam, e não tenha medo, pavor, tente esconde-los a todo custo, ou pior negá-los até a morte, te adianto que nenhuma destas atitudes adiantará, pois o tempo esse é justo, e trás consigo as respostas de uma vida, tipo um quebra cabeça, as peças vão se encaixando de acordo com o tempo, na vida é assim, uma peça que não se encaixe hoje, por algum motivo, amanha ou um pouco mais ela se encaixará perfeitamente, ainda que a colheita não esteja a contento, a maturidade lhe ajudará a lidar com as peças do quebra cabeça.
Elaine Marcelina

Rio de Janeiro, 3/4/15

Dá Série Reflexão:

COMER: UM ATO SAGRADO E PROFANO

Comer comemos por prazer? Para nos alimentarmos? Ou por gula? Dependendo da resposta podemos classificar como um ato sagrado ou profano, qual você escolhe? Vamos por parte. Quando estamos na barriga de nossa mãe, somos alimentados pelo cordão umbilical e comemos tudo que ela come, creio que aí já comece a dar o tom de sua alimentação, pois já naquele momento dependemos da consciência de nossa mãe, se ela vai seguir o correto ou se vai aloprar e danasse as conseqüências em minha fase adulta. Beleza, passado esse teste inicial vem a fase da amamentação, quantas mãe amamentam? Quantas não? Quantas querem amamentar? Quantas não querem por conta do corpo, o seio vai cair estas coisas. Sigamos, baseado em todas essas circunstancias anteriores você passa a comer com qualidade ou não enquanto criança, conduzido por sua mãe, sendo que essa boa ou má alimentação fará toda a influência em sua vida adulta, e mais se você teve uma boa alimentação até os três anos de idade vai influenciar no seu ensino-aprendizagem, e etc. Vou tentar ir direto ao ponto se não escreverei um livro só com o tema deste capitulo, quando chegamos a fase adulta e nos tornamos responsáveis por nossos atos, dentre eles esta o ato de comer, que passa por nós despercebidos, entramos na fase de direitos e deveres e esquecemos o direito ou dever com esse corpo que nos foi dado ou emprestado, segundo sua crença ou credo. E aí é que mora o perigo, como eu como? Com gula? Por ansiedade? Somente para alimentar o corpo? Ou confundo tudo e deixo a mente influenciar na minha alimentação e dependendo de minha saúde mental eu como mais ou menos, eu nem me dou conta e quando vejo, estou lá, de cara para balança, me perguntando, como cheguei até aqui? E tanto faz se é para mais ou para menos, se este gordo, obeso ou magro e definhando, ambos os processos veio acontecendo e você nem se quer deu atenção, foi seguindo, comendo, comendo, ou evitando a comida, seja por que motivo foi você não cuidou do seu corpo. E diante do caos instalado o que fazer? Seguir, parar ou retroceder? Aí você se vê numa sinuca de bico, pois se seguir, pode morrer, se parar ninguém garante que irá se curar e retroceder, é o ideal, mas como? Com que forças? Como mudar uma condição estabelecida por você durante anos, ainda que seja para seu bem, mas quem te comanda é seu cérebro, e como mandar esta mensagem para ele a esta altura do campeonato, tipo “Ei você ai! Escute-me! Quero mudar, quero uma vida saudável a partir de agora! Só isso basta? Ou tem que ser uma construção diária de você com você mesmo, dia a dia lutando contra tudo aquilo que não te faz bem, mas que por diversidades de motivos seu cérebro o faz pensar que aquilo te da prazer, te faz bem, momentaneamente, mas ao longo de sua vida, vai te detonando conforme uma bomba relógio. Então meus caros se algum de vocês chegou a esta fase da vida, onde comer pode ser profano, pare, se escute, se observe, lute por você, por sua vida, pelos seus e principalmente saiba ser grato ao universo, a vida, a deus, a Oxala, a Buda, como queira, ou a quem queira agradecer, isso de fato não importa, o que importa mesmo é saber que este corpo que foi lhe dado ou emprestado, um dia você terá que prestar conta dele, e neste dia não vai ter choro nem vela, até porque se você não crê em nada dito até aqui e minimamente vive um dia de cada vez sem querer saber o que veio fazer aqui, se veio a passeio ou se tem uma missão, aqui mesmo neste plano, você pode ter todas as respostas, sem mesmo passar para o lado de lá, como diz alguns, pois seu corpo pode se destruir aqui mesmo diante de ti, ele pode apodrecer, feder, da bicho, te paralisar, nossa tantas coisas, mais já dei um prenuncio. E como trouxe a reflexão pra roda, me jogo nela de corpo e alma, eu não cuidei do meu corpo como deveria, e nesta fase da vida, estou tentando correr atrás do meu prejuízo, como diz o ditado, estou sentindo cada centímetro de minha falta de senso para comigo mesma, estou sentindo o quanto nós podemos nos destruir, nem precisa que ninguém o faça por nós, eu fiz isso por mim, mas assim como a fênix, estou ressurgindo das cinzas, resolvi cuidar de mim, do meu corpo, da minha alma e do meu espírito, sei que vão dizer, nossa ela mistura as estações, estava a pouco falando de corpo e agora, já esta falando de espírito, de alma, aviso aos navegantes que ainda estou sã, pelo mesmo é o que penso, brincadeirinha a parte, tudo esta interligado. O ato de comer está intimamente ligado as nossas emoções, podemos comer porque estamos felizes, ou por que estamos tristes, ou só para nos alimentarmos, e é bem aí que o ato de comer pode ser sagrado ou profano. Para encurtar a prosa reflita como o ato de comer é na sua vida, e se você lida bem com a comida ótimo parabéns para você, mas se por algum a caso for o contrário, você não lide bem com a comida, pare e mude, e se não conseguir sozinho busque ajuda, o que importa é você procurar a cura, seja de que forma for. A comida não pode te vencer te dominar, não pode ser mais forte que você, entendeu? É isso, só por hoje.
Elaine Marcelina
Rio, 3/4/2015


Dá Série Reflexão:

DEGUSTANDO: SÓ UMA PEQUENA ENTRADA

Quando pensei neste exercício de encaixar a vida no roteiro de um jantar, mas aquele jantar, com tudo que tem direito, pois bem e todo jantar que se preze, tem uma entrada, são aqueles petiscos, que você vai beliscando e conversando, enquanto espera o primeiro prato, é uma coisa leve só mesmo para abrir o apetite. Vamos lá, na sua vida o que te abre o apetite? O que te faz ficar papeando descontraidamente, até a chegada do primeiro prato? Enquanto você vai pensando numa resposta vou descrevendo e respondendo a questão, pra mim a entrada da vida é a fase da adolescência, você está ali meio sem saber o que esta acontecendo com você com seu corpo, aguardando uma mudança, que nem sabe bem como é, só sabe que quer, e fica sedento, passa por poucas e boas até chegar a fase adulta, que seria aqui neste caso o próximo quesito da noite, mais voltemos a este, a entrada, que a meu ver é bem no meio de minha adolescência, onde eu tinha até vergonha de rir, tinha vergonha dos dentes, mas era observadora, desejava os dezoito anos, achava que seria o auge da minha vida, bem se ver que estava só na entrada mesmo da vida. E por falar nesta fase de minha vida, eu a degustei do jeito que deu, com todas as crises pertinentes a idade, as espinhas, o corpo mudando, fui degustando a vida conforme dava, e posso dizer-lhes de cadeira a entrada de minha vida foram meu prenuncio dos meus anos dourados, um dourado meio lusco-fusco, mias fui feliz, fui adolescente, com todas as letras, com toda a entonação necessária a época e a ebulição que nos causa este período da vida. Então fazendo hoje um balanço da minha adolescência, foi uma degustação saborosa, com pouca pimenta, sal a gosto, alguns quitutes, muitas torradinhas, enfim uma entrada para ninguém botar defeito.


Elaine Marcelina

Dá Série Reflexão:

O PONTO DO DOCE

Quando penso em doces, penso no ponto, sabe? O ponto onde ele fica delicioso, sem estar doce demais, e ainda tem o fazer, como não sei fazer, só sei comer, sempre ouço dizerem “o doce tem que estar no ponto” ou “sabe dar o ponto do doce? ” E aí meus queridos esse é o ponto alto da questão, da reflexão que venho fazendo na construção deste texto, estou fazendo a relação entre o ponto do doce e o ponto da vida, vão me dizer “endoidou de vez! ” Não, não endoidei, só mesmo pensando cá com os meus botões, se o cozimento do doce, digo o processo do “fazer” o doce fosse tal qual o processo de “viver” a vida? Entrando nesta linha de raciocínio, sigamos como dar o ponto, ou achar o ponto certo da vida? Difícil. Verdade, porém é bem aí que estou, tentando relacionar a vida, com o cozimento, e como pra viver temos que saber viver, saber conviver com o outro, viver em harmonia, em comunidade, viver com o outro, viver em família, administrar os conflitos, isso tudo faz parte do cozimento, e penso que quando chegamos ao ponto do doce, quando se trata do ponto da vida, seria pra mim a maturidade, aquele momento da vida em que sabe lidar com as adversidades, com os conflitos, com os altos e baixos, eu diria assim “essa fase da minha vida se chama: maturidade”. Esse é o ponto doce da vida, que nem sempre é um doce, mas que se fosse também seria um tédio, só um sabor, só uma experimentação, nem pensar!

Elaine Marcelina

Dá Série Reflexão:

Personagens
 Dia desses conversando com uma amiga, cantei uma música para ela em ritmo de funk e disse, agora dou MC Elaine, e a convidei para lançarmos um CD, lógico que de brincadeira, pois sou a pessoa mais desafinada do planeta. Ao desligar pensei caramba! Esta semana fui tantas coisas, enfermeira, por que meu padrasto estava doente, entrei neste personagem de fato e de direito, fui cozinheira, embora, não seja a melhor neste ofício, mas da pro gasto, e aí depois de transitar por este universo de funções, pensei na vida e nos personagens que vamos vivenciando ao longo da vida, hora por necessidade, hora por conveniência, hora por querer, hora por imposição, hora por não ter como escapar da situação, por não ter opção de escolha, simplesmente ter que encarar e vivenciar o personagem, mesmo sem ter atuado naquele papel antes, tipo assim "a Vera" "ou bola ou bulica" "sem ensaio" "sem treino" é encarar a cena, o tablado, que neste caso é a vida e pronto, depois veremos ou sentiremos a "platéia" se agradamos, se receberem os aplausos ou vaias, mas sabe o que vale nisso tudo? Ter encarado a cena, ter vivido, ter tido coragem de vivenciar os personagens que foram surgindo ao longo de sua atuação, ou seja, ao longo de sua vida. E aí meus queridos sabem qual o saldo no final? Positivo! Sabe por quê? Porque não tememos, não fugimos a nossa missão, é isso que vale no fim das contas. Ao menos para mim.
Elaine Marcelina

Rio, 25/1/2015

DÁ SÉRIE REFLEXÃO:

ESPIRAL

Hoje fiquei observando a moça da, Xerox colocar o espiral na encadernação, como ela parecia ter pouca prática, demorou e pude ficar ali olhando e pensando sobre o processo de encadernação e fazer uma metáfora com o conflito que vivo atualmente, o espiral é todo enrolado, cada um numa espessura, tal qual nós seres humanos e poderíamos pensar que por ele ser enrolado a sua forma de agir também fosse “enrolada”, mas não, para ele cumprir sua função, tem que entrar nos furos bem certinhos feito pela máquina e aí teremos uma boa encadernação, com todo aquele processo pensei, a melhor forma de nos desenrolarmos é fazer a coisa certa, trilhar o caminho certo, tal qual o espiral, ir passando buraco por buraco, se tiver algo atrapalhando no caminho ele não passa, só depois de desobstruir a “via”, ou melhor, o caminho  que ele continua sua “caminhada”, e é assim que devemos fazer, desobstruir a passagem para podermos seguir, ainda que demore um tantinho mais que a passagem do espiral, o caminho tem que estar livre. Observar o espiral e sua função no dia de hoje, me fez pensar no quão nossa vida é enrolada, mais nós podemos desenrolá-la e seguir sempre, sempre haverá uma saída.
Elaine Marcelina

Rio, 11/2/ 2016

Texto da Série Reflexão:

ACORDAR A CAPACIDADE...
Acordar a capacidade de solidariedade
Acordar a capacidade de amor ao próximo
Acordar a capacidade do perdão
Acordar a capacidade da gratidão
Acordar a capacidade de ter fé na vida
Acordar a capacidade de afeto
Acordar a capacidade do deslumbramento conosco e com o mundo
Acordar a capacidade de amar
Acordar a capacidade de ser ator
Acordar a capacidade de ser você
Acordar a capacidade da gentileza
Acordar a capacidade de viver
Acordar a capacidade de transbordar sua sexualidade
Acordar a capacidade de transcender o senso comum
Acordar a capacidade de meditar
Acordar a capacidade de ser livre, de voar
Acordar a capacidade de escrever
Acordar a capacidade de suplantar o imaginário e viajar
Acorde sua capacidade, transcenda as barreiras visíveis ou invisíveis
Acorde enquanto há tempo
Acorde e ao acordar se estimule, deseje, queira, vá, não pare, pois nem mais o céu é o limite...
Acordei muitas de minhas capacidades, estou acordando outras tantas e quando acordar amanhã estarei em busca da vida, da arte, do amor, da solidariedade, de tudo um pouco,
Porque a cada amanhecer desperto e acordo com novos desejos, com novas expectativas, com novos sonhos,
Sendo que todos os dias, trabalho, as minhas capacidades, na tentativa de avançar,
Pois temos que avançar sempre e jamais retroceder.
Então meus caros acordem suas capacidades, pois elas estão lá guardadinhas dentro de ti, descubra a chave para abri-las, descubra onde fica o botão que as liga, descubra sua tomada, descubra como dar a partida em seu motor, descubra qual o seu melhor combustível, em muitas das vezes temos que ser total flex, que seja, mas não perca o objetivo principal que é acordar, despertar, reagir, não se limitar, não se anular, não se bloquear, não se mutilar, não se auto flagelar, não se deixe lanhar.
Elaine Marcelina



terça-feira, 15 de agosto de 2017

Deseja adquirir os livros de Elaine Marcelina! Confira os contatos da autora!!!!



Os livros: As coisas simples da vida e Mulheres incríveis 3 ed., estão à venda com a autora:
Contatos com a autora:
Face: https://www.facebook.com/elainemarcelina
Tel. (21) 970270198 (zap)

Valores:
As coisas simples da vida (R$20,00)
Mulheres incríveis (R$30,00)
Taxa de correios (R$10,00)
Conta para depósito: Banco do Brasil: Ag. 0435-9, C/C.18.766-6, Elaine Cristina M. Gomes

Agenda do final de semana 19 e 20 de agosto, com a escritora Elaine Marcelina


A escritora, Elaine Marcelina estará no Shopping Rio 2, apresentando seus livros: Mulheres incríveis e As coisas simples da vida, terá tarde de autógrafos e bate papo com as crianças.

Nesta terceira edição de Mulheres incríveis, ampliada e revisada, Elaine Marcelina, historiadora e escritora, registra o seu processo de andanças e de escuta, reunindo vozes e vivências de mulheres negras brasileiras. Ao longo dessa caminhada, a autora conta e se encanta com as várias narrativas recolhidas, apresentadas de forma tão visceral que conduzem o(a) leitor(a) ao universo da mulher negra na sociedade, em sua forma própria de conduzir a vida e de lançar seu olhar para o mundo.







Elaine Marcelina escreve por amor! Escreve com amor!
Contos, poemas, ensaios, e até receita de bolo! Tudo é amor, carinho e tradição na escrita dessa pesquisadora que transita por vários lugares sociais, mas não se esquece de seu lado familiar e filial. Escreve como mãe e escreve como filha, porque nela esses lugares subjetivos estão fundidos em um mesmo ato: amar! Seu livro infanto-juvenil “As coisas simples da vida” (Nandyala, 2016) é uma lição desse amor sem restrições. Porque, para ela, escrever sobre o amor da mãe para a filha e da filha para a mãe é coisa simples, como fazer um café para tomarem juntas enquanto conversam sobre coisas da vida e dos sonhos!
Livro recomendado para leitores de 7 a 120 anos.




Homenagem aos dez anos do livro Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves


No dia 16 de agosto, várias historiadoras, professoras e escritoras estarão reunidas no Bar da Dida, para um bate papo sobre o livro Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalvez, que completa dez anos este ano, será uma conversa em torno da bela obra da escritora.
O livro conta a história de Kehinde, nascida em Daomé em 1810, logo no começo da história vê a sua mãe e seu irmão serem assassinados, então ela, sua irmã e sua vó vão viver em uma outra cidade, mas um dia ao estarem passeando são capturas para serem vendidas como escravas, ao perceber o sumiço de ambas a avó vai atrás delas e consegue ficar presa junto com elas e também embarcar no navio. Na viagem devido a uma doença sua vó e sua irmã morrem, juntamente com outros escravos, assim a personagem chega sozinha na Bahia, lá ela trabalha ajudando na cozinha, após isso tem como função brincar coma filha do casamento anterior do dono. Depois de algum tempo este mesmo dono passa a se interessar por ela e acaba por a estuprar, mas ele morre algum tempo depois de uma picada de cobra e Kehinde se vê grávida, o que gera o ódio da segunda mulher do dono da fazenda, pois esta engravidou várias vezes e nunca consegue levar a gravidez até o fim.

Se ainda não leu, leia!

FLIP 2017, Com os livros Mulheres incríveis e As coisas simples da vida de Elaine Marcelina











No final de julho do corrente ano, ocorreu em Paraty a Festa literária de Paraty, a FLIP, e Elaine Marcelina participou de mesas e saraus junto ao coletivo Articula Preta, coordenado por dez mulheres negras de Paraty, foi um momento maravilhoso. No dia 29/7, foi o lançamento do Catálogo Intelectuais negras visíveis, onde reuniu 181 mulheres negras e seus currículos, importante movimento, coordenado pela Profª Drª Giovana Xavier, da UFRJ, iniciativa do grupo de pesquisa Intelectuais Negras.

Resenha do livro As coisas simples da vida



As coisas simples da vida, de Elaine Marcelina
Elaine Marcelina escreve por amor! Escreve com amor!
Contos, poemas, ensaios, e até receita de bolo! Tudo é amor, carinho e tradição na escrita dessa pesquisadora que transita por vários lugares sociais, mas não se esquece de seu lado familiar e filial. Escreve como mãe e escreve como filha, porque nela esses lugares subjetivos estão fundidos em um mesmo ato: amar! Seu livro infanto-juvenil “As coisas simples da vida” (Nandyala, 2016) é uma lição desse amor sem restrições. Porque, para ela, escrever sobre o amor da mãe para a filha e da filha para a mãe é coisa simples, como fazer um café para tomarem juntas enquanto conversam sobre coisas da vida e dos sonhos!
Livro recomendado para leitores de 7 a 120 anos.
Josefina Neves Mello
Contatos com a autora:
Face: https://www.facebook.com/elainemarcelina
Tel. (21) 970270198


Resenha do livro Mulheres Incríveis


“Mulheres incríveis”, de Elaine Marcelina

Toda a tradição de matriz africana está assentada sobre bases femininas. Elaine Marcelina é mais uma das autoras que vem recuperando essa matriz mágica e generosa, que gera e que alimenta; que cria e que cuida até ver os frutos.
Seu livro “Mulheres incríveis”, que já está na 3ª edição (2008; 2014; 2016), é mais um testemunho amoroso dessa qualidade feminina, presente na literatura “escrita por mulheres”, que felizmente começa a chegar às livrarias com a força de um discurso que vem mostrando a luta das mulheres – essa luta que nunca foi fácil, mas diante da qual nenhum delas se mostrou esmorecida. Ao contrário: quanto mais feroz a luta mais coragem e fé elas demonstram na vitória.
Elaine Marcelina é pesquisadora na área de história e de historiografia, e é com muito trabalho e garra que ela vem levantando registros e documentos da vida de mulheres que foram importantes – mesmo que na história oficial não se encontrem seus registros. Isto porque a luta dessas mulheres permanece ocultada, ainda, pelos preconceitos que nos garroteiam a liberdade: os preconceitos de cor, de gênero, de classe social, e muitos outros. Muitas dessas mulheres pesquisadas sequer aprenderam a escrever o próprio nome, pois não lhes foi permitido tal direito. Quantas delas tiveram de buscar esse aprendizado, realizando sua conquista já depois de adultas.
A autora também narra a sua luta, tanto a sua história pessoal quanto o seu sonho de fazer algo para dar visibilidade à vida das mulheres negras que vivem e que viveram neste país. Nessa sua luta em busca de direitos, melhorias de vida e de reconhecimento, Elaine Marcelina se propôs a colher depoimentos e histórias, relatos curtos ou não, onde cada uma de suas entrevistadas conta um pouco de si, de sua história de vida.
O livro “Mulheres Incríveis” está montado em três partes que, juntas, fazem um belo mosaico de retratos de vidas de mulheres negras, brasileiras, lutadoras, vencedoras cada uma a seu modo e a seu tempo. Na primeira parte do livro, Elaine colheu depoimentos pessoais e os reproduziu em narrativa, unindo retalhos de vidas de mães, esposas, filhas, professoras, atrizes. Na segunda parte, – como historiadora e um pouco como repórter – ela conta as histórias de mulheres, tanto as que ela conheceu quanto as de quem ela recebeu informações de parentes.
E, na terceira parte, a autora faz um balanço de sua própria trajetória, pondo a descoberto aos olhos do leitor a sua luta pessoal, os seus sonhos e os seus projetos, sempre mostrando esse lado feminino e amoroso da mãe negra: da avó que ensina a neta e da filha e da neta que aprendem e ensinam, e perpetuam a doçura do gesto de cuidar, sempre amparadas pela coragem de seguir em frente sem recuar diante das dificuldades. E, sobretudo, que é o principal: o livro “Mulheres incríveis” desvela a transmissão dos saberes de uma geração a outra, feita através do exemplo e da tradição, do esforço pessoal, do amor e da fé no amanhã.


Josefina Neves Mello

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Segunda Cultural. Dia 26/06, vamos lá!



13a Edição (Comemoração de 1 ano) no dia: 26 de Junho de 2017 às 10h, o programa de rádio Os Descabelados com: Bruno Black , Kátia Pires Chagas e convidados pra mais de 20 países + ao vivo pelo facebook no Hospital Nise da Silveira em Engenho de Dentro no RJ.

Rádio 10h e Sarau 14h.
 ***********Rádio Revolução FM Web*********

#Convidados:
Livro do dia: Mulheres Incríveis
Autor: Elaine Marcelina

#Poetas:
Jaqueline Calazans (Zona Norte)
Brunno Viana (Zona Norte)
Eduardo Macedo (Zona Sul)

Djaule (Zona Oeste)
Thiago Mathias (Zona Oeste)

Ana Paula (Zona Oeste)

#Música:
Maezona (MPB)
Paulo Roberto ( MPB)
Flavio Miranda (Samba)

Rosane Henriques ( MPB)
Nilda Oliveira (Sertanejo)
Pedro Blanc (R&B)
Yago Alonso ( Rapper)
Lea Bittencourt ( MPB)

#Teatro:
Rodrigo Veras e Adelita Quintiliano.

#Eu tenho uma história!
Paulo Canto ( CEO da GVK Brasil, CEO da Lótus Marketing Digital .... Descabele-se!

Salgueiro tem Samba e Literatura!



No dia 14 de Maio participei da divulgação do enredo da G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro. Foi um dia das mães maravilhoso, com aprendizado e divulgação dos meus livros!

Programão Carioca




Participei do Programão Carioca, no dia 09 de Abril, em Campo Grande, na Lona Cultural Elza Osborne, ministrando a oficina "Meu Primeiro Livro" incentivando as crianças a escreverem, a colocar suas histórias no papel. Depois ainda teve filme e peça de teatro.

A Oficina Meu Primeiro Livro, foi realizada no Progamão Carioca, evento da Globo Rio, em Campo Grande, na Lona Cultural Elza Osborne, foi um momento mágico poder despertar em crianças e adultos o prazer de escrever, como uma simples ideia pode virar um texto e como podemos colocar estas ideias no papel, ilustrar, é transformar em livro, e ontem muitas pessoas participaram, e uma menina de 7 anos chegou perto de mim no momento em que eu fazia uma nota sobre cada livro para por na contra capa e disse "O nome do meu livro é A menina do óculos rosa, gente eu emocionei nesta hora, foi lindo, depois uma senhora falou bem baixinho no meu ouvido "Eu não sei escrever muito bem, mas fiz essa história" era umas 4 frases, em letras trêmulas, assim "Menina Iorubá trazida para o Brasil" e o desenho de uma menina com uma rosa em cada mão, segurei as lágrimas e até o último minuto chegaram crianças, foi um encanto, estou muito emocionada. A noite teve ainda um maravilhoso Bate Papo, entre eu e o Claudio, do grupo Bambo de Bambu, sobre nossas trajetórias, com mediação do Pablo Ramoz, foi outro momento marcante, pois é importante falar do processo de me tornar escritora, as publicações, o mercado editorial e tudo o mais, foi maravilhoso. Agradeço imensamente a equipe da TV Globo, pelo convite, e apoio total na realização: Pablo Ramoz Andre Dias Tatiane Dale, Gabriela, assim como a todos os que estiveram presente a oficina, participaram com entusiasmo, agradeço a torcida dos amigos e familiares. #OficinaMeuPrimeiroLivro #Ascoisassimplesdavida

Receita da felicidade

RECEITA DA FELICIDADE Ingredientes: 100 gramas de alegria 150 gramas de amor puro 500 gramas de bom humor 200 gramas de energia ...