quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ACABOU, VÁ EM PAZ...



             Está é a sensação, a emoção, as últimas palavras quando se joga o último torrão de terra em cima do caixão. Desta vez foi o sepultamento de Luiz Carlos das Neves, o homem que conheci como pai, o segundo companheiro de minha mãe. Durante o velório passou um filme em minha cabeça, esta foi a família que conheci, que me educou, que me deu a base e a sustentação que tenho hoje.
             Quando eu tinha menos de três anos de idade, minha mãe foi morar com ele, quando completei três anos, a Luciene nasceu no mesmo dia que eu, seis de setembro, agora éramos duas, a partir daí o que me contam, é que ele quando brigava com minha mãe, colocava Luciene ainda um bebê no cesto e eu ele segurava pela mão e ia embora nos levando para a casa da minha avó, antes da Luciene completar um ano nasceu o Wilson e quando o Wilson tinha vinte e sete dias de nascido, bum, acabou o relacionamento e ficamos nós três na casa da minha avó, com o Luiz Carlos, este pai que Deus me deu e hoje se foi, minha sensação era de perda, perda de uma história, de uma vida, pois não sei que destino eu teria se ele não me levasse junto com a Luciene para a casa dele, o que sei é que eu cresci com um pai, só depois fui entender a confusão dos mais velhos, da vida, mas no momento em que precisei e me entendi por gente eu tinha um pai e conforme eu cresci, ele se orgulhava de dizer, minha filha é assim, é assado. Pai sei que nos últimos anos fui uma filha ausente, mas jamais esqueci o que fez por mim, desculpe se nem sempre eu estava lá, sei que antes de morrer você queria falar comigo, tentei te ligar, mas já era tarde, porém sei que as lições que aprendi foram com o senhor, com a avó Natalina, a tia Carmem, a tia Sheila, o tio Neio, até mesmo a tia Marisa, sabe lembro até da Nair aquela mulher que o senhor teve depois da minha mãe, nós íamos na casa dela, o Wilson chorava muito, ele era pequeno e ficávamos felizes de passear, onde quer que esteja, saiba que sua filha emprestada te ama e jamais esquecera de ti e muito menos de toda a história que me levou até vocês,a família que me acolheu, me ensinou, me educou, que tenho e terei até o fim da vida.
           Do primeiro ao último torrão de terra que puseram em cima de ti, foi um silêncio ensurdecedor, pois todos ali olhando e pensando no senhor, na sua amizade, na sua traquinagem, até na sua bebida, eu sei, mas tudo no passado, pois como todos disseram ou pensaram acabou, fique em paz ou vá em paz. Pai estarei pedindo por ti em minhas orações, para que encontre a paz necessária a seu espírito e que sua alma tenha de fato se libertado das dores desta vida, desta encarnação e que siga em paz sem sofrimentos. Obrigada por tudo o que representou em minha vida.          

Elaine Marcelinaa

AMOR E SEXO SE MISTURAM, EM CORPOS SEDENTOS DE DESEJO...




Um homem e uma mulher se entreolham na cozinha de casa e sem querer se encostam e bum!!! Acende a faísca do desejo, corpos sedentos de desejo e paixão, num instante largam tudo e vão atender à seus desejos, ora ocultos, agora explícitos e sem pensar em nada somente no prazer, se entregam de corpo e alma ao sexo, atendendo a seus impulsos e seus corpos se entrelaçam, neste momento se fazem um só na mesma energia, ou melhor trocando energia até chegarem ao êxtase total, neste momento sublime trocam juras de amor e desejo um pelo outro em um instante único vivido intensamente de amor e sexo.


Elaine Marcelina

ESPERAR...




Passei o dia esperando alguém, que frustração, sentimentos e pensamentos mil. Ligo ou não ligo? Será que aconteceu alguma coisa? E se realmente não deu pra vir? Ou não quis? Estava tudo combinado, enfim, o dia passou a noite chegou e nada, decidi não ligar, em breve saberei o que aconteceu, a vontade de ligar é enorme, mas acho que não devo ligar, pode parecer que estou pressionando e a última coisa que quero é pressioná-lo, preciso deixá-lo a vontade, mesmo que pra isso não hajam mais encontros, caso isto aconteça, sentirei falta dos beijos, dos abraços e de tudo mais, porém com a maturidade chegou o amor livre, aquele que só é possível sentir juntos e quando os dois querem, não basta somente um querer, e isso serve para os encontros, tem que ser prazeroso para os dois, tem que ter a vontade de ambos, seja lá o que for não era pra ser hoje, uma pena, mas entendo perfeitamente os sinais da vida, os sinais do outro, e se não entendo de imediato, tento refletir e chegar ao entendimento. Hoje foi um dia de reflexões e o saldo tem sido muito bom. Sabe às vezes ganhamos muito estando só e principalmente refletindo sobre nossas ações. Preciso saber controlar o que guardo dentro de mim, meu coração pulsa de acordo com minhas emoções e como preciso do meu coração, tenho que controlar minhas emoções, precisam ser mais serenas e assim o farei, deixarei o acaso decidir o próximo encontro, até para eu entender se é isso mesmo ou se não passou de mais uma doce ilusão da vida, que teima em me pregar peças, como se eu estivesse em um grande tablado e fosse coadjuvante de minha própria história.

Elaine Marcelina

SOLIDÃO




A solidão sufoca, emudece, enrijece os músculos, dá um nó na garganta, uma vontade de gritar, mas pra quem? Estar só é conflitante, nos questionamos, pensamos em que tipo de pessoas somos e porque o vazio nos consome, todas as perguntas ficam sem respostas. Os questionamentos ganham uma proporção inimaginável. Às vezes tento dar respostas a minhas perguntas e digo pra mi que estou sozinha porque quero, é melhor assim, antes só do que mal acompanhada, mais no minuto seguinte, tudo cai por terra, são respostas prontas, evasivas. A solidão corrói por vezes estamos acompanhados e ainda assim estamos sós. Hoje por exemplo, não imaginei estar só e cá estou eu, extravasando na escrita a minha frustração de estar só. Fiz uma escolha e deu errado, mas amanhã não estarei mais só, minha filha estará em casa e ocupara meu tempo, a solidão será somente na calada da noite, na hora de dormir, será mais uma de tantas noites solitárias. Estar só é uma opção, ser só não, mas de toda forma incomoda, mexe com nosso eu, com o que temos de mais intimo dentro de nós. A solidão machuca, destrói, por isso estamos sempre a busca do ser amado, de um flerte, de um carinho, de um beijo, de algo que pelo menos por alguns instantes, algumas horas, alguns dias, alguns meses nos faça sentir menos só. Ter alguém para trocar idéias, se possível beijos, abraços, caricias, desejos e muito mais. A solidão chega sorrateira, sem se anunciar, quando percebemos, olhamos pro lado e não tem ninguém, somente ela, num silêncio ensurdecedor, este silêncio é a prova de que estamos sós e ela se instala sem pedir licença e só nós podemos mandá-la embora, acabar com ela. Existem formas mil de acabar com a solidão, porém existem momentos na vida em que não ha nada a fazer se não aceitá-la, ruminá-la e depois de muito refletir, sair e buscar soluções para que ela não volte mais, embora a solução que encontrei seja solitária por si só, que é escrever e descrever as sensações que a vida nos dá, a gente querendo ou não ela ou elas existem e temos que passar por esta situação também e lá na frente rir de tudo isso e dizer “eu venci a solidão”, dizendo a “formula” que encontrou para tal feito, no meu caso escrever, e cada um tem sua receita para sair da solidão.


Elaine Marcelina 

LÁGRIMAS




Elas caem não só de tristeza, mas também de alegria, embora hoje tenham caído de tristeza, angustia, por ter que decidir tudo sempre só, reviver o passado, vasculhei tudo e descobri que mesmo quando estava acompanhada eu tomava as decisões, sozinha e hoje não é diferente, quando as coisas apertam, sinto um enorme nó na garganta, aí não tem jeito elas caem sobre minha face, uma atrás da outra, milhares de lágrimas, são incontroláveis, mas depois de chorar bastante vem uma sensação de alívio, porque chorar faz parte do processo de aprendizagem, de autoconhecimento. As lágrimas só caem se a emoção for forte, podem ser de alegria ou de tristeza, mas tem que ser algo marcante, a ponto da emoção aflorar e quando percebemos, elas estão lá, rolando sem que as tenhamos convocado.

Elaine Marcelina


RECOMEÇAR




Recomeçar, começar de novo. Este é o significado desta palavra no dicionário. Para muitos é muito difícil recomeçar, neste momento me pego bem no meio desta cilada, mas preciso ir adiante e recomeçar, recomeçar a escrever, recomeçar a dieta, recomeçar a me organizar, recomeçar a planejar, recomeçar a amar, bom chegou ao ponto que me trás a estas linhas, recomeçar a amar, é tão difícil, acabamos comparando os amores, sei que isto não é possível, mas fazemos isso e é a pior coisa a fazer, pois as pessoas são diferentes e precisamos conhecê-las com o tempo. Sinto-me uma menina neste momento, me apaixonei novamente e como qualquer outra paixão não sei o que fazer, fico inerte diante do telefone, ligo? Não, ele vai ligar. Será? Que bobagem, não sou mais adolescente, mas sou uma mulher apaixonada e isso significa um caminhão de emoções ao mesmo tempo, onde não sabemos identificar nenhuma delas, ou melhor, só sabemos que queremos estar junto a todo custo. Recomeçar significa começar de novo e pra mim deveria ser “comece diferente”, mas quando vejo estou eu do mesmo jeito, até porque é tão difícil mudar, porém preciso tentar.

Elaine Marcelina


SAIR OU FICAR? SEGUIR SEMPRE



Estou fazendo uma enquete interna: “sair ou ficar”, ainda não tenho a resposta, gostaria muito de sair, viver coisas novas, em um novo lugar, mas isso implica em muitas decisões, não é só sair e pronto, falo de sair, me mudar, mudar de casa, mudar de ares, mais tudo isso custa muito e se decidir ficar? Também custará, pois terei que conviver na mesma atmosfera, sendo diferente, tendo que reinventar os dias, a dinâmica da vida para achar o momento propicio de sair. Seguir em frente serve para ambas as decisões, porque se resolver sair ou ficar vou seguir de toda forma, sendo que cada uma com uma dinâmica diferente, coloquei tudo na balança e ainda não cheguei a uma conclusão, ainda estou nos prós e contras de cada uma delas, entretanto acho que a balança esta pendendo para que eu fique, sei por que, é pelo lado financeiro. Sair significara uma renovada geral, mas também mais gastos, será que posso fazê-los agora? Embora minha alma clame por essa mudança, sei que ainda não dá. Ficar significará ultrapassar todas as barreiras da vida, do meu dia a dia e crescer conciliando erros com acertos, fazendo uma planilha de custos e benefícios e segui-la a risca, até o dia da saída, que depois desta nova fase, será num momento mais maduro e direto para um espaço meu, desenhado por mim com carinho, paciência, dedicação e tudo o mais que a maturidade nos trás. Sendo assim, acho que tenho a resposta, agora posso seguir em frente, limpa comigo e com meu eu, aquele que não revelo a ninguém que às vezes escondo até mesmo de mim.



Elaine Marcelina

CUSTEI PRA DORMIR



Ontem à noite o sono custou a chegar e quando chegava eu vacilava, olhava a minha volta e nada, cadê você? Não estava, foi difícil, mas peguei no sono. Logo pela manhã, não resisti e peguei o telefone e liguei, precisava te ouvir, dizer bom dia, falar que a cama sem você fica fria e vazia. Sabes meu querido foi a primeira noite, mas acho que este encontro estava escrito em nossas vidas, pois quando estamos juntos é uma química perfeita, não conseguimos ficar separados, porque a um simples toque ou olhar pronto, basta para atendermos aos nossos desejos, atender prontamente ao nosso corpo que responde de imediato a nossos impulsos e aí só nós sabemos o que acontece, viramos um só, em mesma sintonia, porque o desejo, o tesão toma conta de nós e só vivendo pra entender, só querendo, só te tendo pra saber como é bom, é mágico, enfim, é nosso, somente eu e você entregues de corpo e alma a este momento sublime. Com carinho e desejo eterno, volte logo.



Elaine Marcelina

UM DEDO DE PROSA




Amanheci pensando em conversar com alguém, ter um dedo de prosa, falar sobre as coisas que afligem a minha alma, meus dias. Pensei em ligar para várias pessoas, depois desisti, uma vez um velho amigo, o Zé, me disse “se quiser conversar, falar da sua vida converse sozinha, pois jamais estará sozinha”, lembrei deste conselho, sentei e resolvi escrever, dialogar comigo e colocar pro mundo, fica menos duro, porque não vão dizer faz assim, assim assado. Esta prosa é sobre meu cotidiano, sobre a forma de conduzir a vida, sei que não tem uma formula, seria bom que tivesse? Não sei. As respostas serão sempre complexas, viver é complexo demais, o que tenho que fazer hoje, o que vou fazer amanhã, mês que vem ano que vem e aí vem o seguinte pensamento, que tipo de vida estou levando? São tantas as cobranças, sabe parece um turbilhão de coisas e emoções, não sei se dou conta, mas o que é dar conta? Pergunta sem resposta? Não. Dar conta é minimamente conseguir cumprir os compromissos, ter saúde física, mental, social. Neste momento surgiu a idéia de que quero sempre ter algo estabelecido, como se viver tivesse uma regra, uma norma, mas infelizmente não tem. Esta prosa esta bem subjetiva, porque buscar objetividade na vida é dificílimo. Imaginem se eu estivesse conversando com alguém sobre isso, está tudo tão genérico, acho que não consigo escrever ou falar de fato o que me aflige, são muitos os questionamentos, tudo esta sendo remexido neste momento, vida espiritual, afetiva, familiar, profissional, parece que não me conheço, estou tão surpresa com minhas atitudes, quero tanto mudar, o rumo da vida, da prosa e me sinto andando em círculos ou melhor, inerte, não saio do lugar e o que seria um dedo de prosa, virou um monte de fios soltos que tenho que finalizar, fechar, selar um a um nem que para isso eu leve a eternidade, gaste muito papel escrevendo, riscando, reescrevendo, não importa, o que importa é saber que não esta bom e o diálogo é a melhor opção sempre.



Elaine Marcelina

DECISÕES OU INDECISÕES



Dentre uma lista de sugestões que criei para escrever, optei por esta, porque decidir é sempre difícil, sempre gera dúvidas, ainda não temos um termômetro que diz quando estamos perto da decisão correta, e o que podemos chamar de decisão correta? Correta pra quem? O que é correto? Tantas perguntas e nenhuma resposta, as respostas vão variar, vai depender do tempo, do espaço, de todo o contexto da situação a qual temos que decidir. A cerca de dois anos tomei uma decisão, que no momento me parecia a mais acertada, e hoje me arrependi, fico muito tempo pensando como teria sido, caso fosse diferente, nunca cheguei a uma conclusão e amanheci querendo por todas as cartas na mesa, expor todas as feridas e ver o que fazer para curá-las, o que não da pra fazer mais é ficar me cobrando uma atitude na qual não tenho como mudar, tentei mudar a decisão e não cabe mais. Escrever tem me ajudado a superar esta decisão. Vou vencer, vencer a mim mesma, vencer o passado, vencer as contradições, vencer ao fantasma do passado e seguir em frente, trilhar novos caminhos e lógico terei que tomar novas decisões. Faz parte da vida tomar decisões e nem sempre é fácil, custa muito, custa mudar o rumo do caminho, as vezes da vida. Entretanto decidi que vou por tudo pra fora, na mesa e ver as cartas que tenho e as que não tenho,  vou comprar e seguir jogando até ganhar, não ganhar da vida, sim das armadilhas, dos empecilhos, das encruzilhadas, que por vezes nos encontramos e temos que passar e no final achar a linha reta. A estrada da vida tem curvas, encruzilhadas, ruas sem saída, estradas longínquas, mas tem sempre gente, que nos refrigera a alma, nos ajudando a seguir e ultrapassando estas fases, cada uma delas no seu tempo, só assim estará firme para decidir e não lamentar a decisão tomada, porque tudo na vida tem dois lados e se optarmos por um o outro seria ou será diferente, e disso não podemos fugir, pois a cada ação tem uma reação, a cada decisão, uma opção, uma escolha que nos faz seguir sempre em frente.


Elaine Marcelina

00h56min, AMOR BOM DIA!



Cadê você meu amor que não esta aqui? Fecho os olhos e sinto suas mãos macias, vejo você, sinto nosso desejo e quase sinto o peso do seu corpo sobre o meu. Quase te liguei, mas não queria te assustar, pois tenho quase certeza de que esta acordado e pela emoção que sinto neste momento poderia jurar que esta na mesma sintonia. Desejo-te, não só para sexo, mais para ouvir sua risada gaiata, sentir seu calor, passar a mão no seu corpo cabeludo e ver você se arrepiar e tentar esconder de mim que esta sentindo tanto desejo quanto eu. Meu amor, meu amante, meu desejo, meu tudo, meu nada, vou te esperar até a eternidade, mas durante este percurso farei de cada segundo vivido com você a própria eternidade, desta forma não sentirei quando se for, caso se vá e não volte mais, porém se resolver ficar, viver serão dias sem horas, meses sem dias, anos sem meses, enfim será uma vida eterna. Meu querido, até o que nos permitirmos ou o que nós decidimos viver antes de chegar aqui, sei que decidimos e claro com a vida de hoje, as vezes duvido, mas neste momento de lucidez aceito e entendo tudo, até a distância, porque nosso amor vai pela eternidade, ele vem de longe, de longas datas, já pude rememorar algumas, ainda não posso te revelar, mas sei que sente o mesmo que eu, desde os tempos de outrora. Nosso amor era tão forte, por isso tem resistido a tantas vidas, entretanto devemos saber que a lição ainda no foi concluída, se não teríamos vindo livres para vivê-lo. Mais uma vez meu querido, teremos que nos dividir, a única coisa que é indivisível são nossos sentimentos, transpomos todas as barreiras, as do tempo, as do corpo, as do espírito, as da alma e as do astral, espero agüentar suas ausências e você as minhas, até porque são temporárias. Até sempre !!!


Elaine Marcelina

Receita da felicidade

RECEITA DA FELICIDADE Ingredientes: 100 gramas de alegria 150 gramas de amor puro 500 gramas de bom humor 200 gramas de energia ...