A ideia de ouvir mulheres veio de observar a luta da minha mãe para criar cinco filhos sendo doméstica, quando eu era criança, pensava em como minha mãe conseguia fazer tudo aquilo, e depois que cresci, fui entender o universo das mulheres e principalmente das mulheres negras, pois fui embalada por mulheres negras, ouço o assovio de minha avó natalina até hoje, ela já se foi, mas me marcou e sigo seus ensinamentos até hoje e foi assim que nasceu esse projeto.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
A mulher e seus desafios, no SESC Santa Luzia, No dia 28/11, às 14h.
Convido a tod@s para o encontro de Redes Comunitárias do SESC Santa Luzia, onde o assunto será " A Mulher e seus desafios", ministrada por mim. Conto com vocês.
sábado, 17 de novembro de 2012
NO APAGAR DAS LUZES
“NO
APAGAR DAS LUZES”
Quando
as cortinas do teatro se fecham, só resta a família. Sabe, quando já encenamos
a atuamos nos diversos personagens que a vida nos dá, e que por vezes nos
impõe? Pois é, aí as luzes do tablado se apagam, as cortinas se fecham e vamos
tirar a maquiagem, e para nossa surpresa e alegria, quando as luzes do teatro
se acendem, ainda tem lá um público fiel que nos acompanhou por toda a vida, em
todas as temporadas, nos ajudou a decorar os textos, em dado momento nos ajudou
até a construir e viver o personagem. Quem esta lá na primeira fileira é a
nossa família. Que esta sempre lá, antes, durante e após o espetáculo, nos
conduzindo no nosso maior espetáculo, a vida. E este público nós é que temos
que aplaudir e de pé.
Elaine
Marcelina
EU
EU
Sou
uma mulher de trinta e oito anos, que construiu um castelo na areia, ou de
cartas, não sei, só sei que não sobrevive a um simples sopro, sabe aquele vento
fraquinho? Ele cai todo. Comecei a pensar na tristeza que estou sentindo e
lembrei do filme de ontem, que dizia assim “procure um lugar dentro de você que
tem alegria e esta alegria irá vencer a dor”, no momento em que iniciei estas
linhas a tentativa foi esta, pois adoro escrever isto me faz forte, pois ponho
tudo para fora, meus medos minhas angustias, meus amores, minhas dores e aí
como num passe de mágica a dor vai se dissipando e quando vejo, passei mais uma
tempestade, minha alegria por vezes se encontra na escrita. Eu nada sou sem
minhas ideias, minha coragem, minhas certezas, porém sei levantar a poeira e
dar a volta por cima. Esta é parte de mim, pois sou muito complexa e não daria
para me descrever em algumas linhas. Me defino como uma fênix que ressurge das
cinzas. Essa sou eu.
Elaine
Marcelina
DAR E RECEBER
DAR
E RECEBER
Hoje
estas duas palavras circundaram o meu imaginário, e o que penso sempre é no
prazer que sentimos ao lado da pessoa amada e no prazer que ela sente em estar
conosco. Para ser mais precisa na hora do sexo, que você vê no outro aquela expressão
de desejo, misturada com prazer e tudo o que envolve este momento, sabe? O
toque, o olhar, as palavras que te levam a este cenário de dar e receber amor e
prazer, num momento sublime que fica eternizado em nossa memória, é
inexplicável o que nos leva a este imensurável momento de verdadeira entrega,
desejo e prazer único e eterno.
Elaine
Marcelina
CARTA AO AMOR
CARTA
AO AMOR
Escrevo-te esta carta com a intenção de
descrever meu amor por ti, missão difícil, pois o que sinto por ti vai além de
mim, acredito ser indescritível, mas vou tentar, ou melhor vou descrever um
pouco de nós, sabe quando nos tornamos um só? Na mesma sintonia, isso meu
querido me faz lembrar do trecho de uma música “eu quero sentir o seu corpo
pesando sobre o meu vem meu amor, vem pra mim, me abraça devagar, me beija e me
faz esquecer”, é isso. Quando nos amamos é o ápice de nosso encontro, pois tu
me devoras de uma forma única, que me faz a mulher mas feliz e amada naquele
momento.
Elaine
Marcelina
VIVER
VIVER
Viver
Sem
amarras
Sem
pudor
Sem
rancor
Sem
dor
Viver
Com
amor
Afeto
Liberdade
e
Emoção.
Elaine
Marcelina
TRABALHANDO NA CHUVA
“TRABALHANDO
NA CHUVA”
Hoje
sai cedo mesmo com o forte temporal que a cidade do Rio de Janeiro amanheceu e
enquanto esperava um amigo para eu apanhar carona por conta do temporal, vi uma
senhora com capa de chuva mexendo nas latas de lixo do condomínio, pois era uma
quarta feira, dia de coleta. Fiquei muito instigada a escrever sobre esta
mulher, fiquei ali bem uns dez minutos, contemplando aquela cena e pensando,
aqui no Rio de Janeiro quando chove as pessoas já colocam casaco, é sério, e
depois pensei em mim, não dei conta de encarar a chuva com guarda chuva e
chamei meu amigo. Aquela imagem merecia uma fotografia, pois precisamos olhar a
vida por vários ângulos, não só circundar o nosso umbigo. Aquela mulher
franzina, com as marcas da experiência marcadas não só no rosto, mas também em
seu corpo, acabou me dando uma lição, me trazendo a esta reflexão e através
deste texto os convido a pensar, nesta mulher e em tantas outras que não temem
a chuva para levar o sustento a seus lares, penso que se ela encarou a chuva
foi por precisar muito, a tenho visto em outros dias, sempre revirando aquele
contêiner enorme, acho que ela cabe até dentro dele, porém nem sabes que a vejo
como uma guerreira, dessas que temos que tirar o chapéu, temos que estender o
tapete vermelho e aplaudir de pé. Volto ao convite, olhem através da janela da
alma e descubra as guerreiras que estão a sua volta, que cruzam seu caminho
diariamente, porque aí podemos olhar para dentro de nós e fazer a pergunta que
não quer calar “cadê sua força, onde está?” Minhas queridas, temos a obrigação
de encontra-la e compartilhar, mesmo que como esta senhora, em silêncio, sem
megafone, sem redes sociais, somente fazendo, fazendo, criando, vencendo,
crescendo, superando e vivendo sempre.
Elaine
Marcelina
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