terça-feira, 19 de maio de 2009

Conceito de Gênero e Memória

O conceito de Gramicis, sobre memórias de uma sociedade, levanta a problemática do que de fato é a memória de nossa história ou o que nos é incutido como memória. A história visa uma critica do passado e essa dificuldade de retratar a história, pode citar as memórias. A memória nacional reflete as memórias de uma nação, porém por conta das classes dominantes nem sempre a memória nacional é retratada de forma integral.
Os conflitos sociais são valores da memória e da identidade, pois, a memória é construída em sociedade. O historiador tem que assumir um caráter investigativo, analisando de forma minuciosa as fontes.
Na visão de Gramicis, devemos fugir do conceito burocrático de Estado. Estado e governo tornasse um ser uno, o que não funciona na prática, isto é uma herança da corrente Jusnaturalista. As visões marxiana histórica e classista da sociedade, Marx secundarista a questão da sociedade civil e política. O modelo marxiano visava garantir o Estado objeto, estabelecendo uma ligação entre proprietário e Estado. Nos domínios do marxismo, surge as analises de estado por Antônio Gramsci com uma critica ao economicismo e mecanicismo.
Segundo Gramsci o Estado é uma condensação das relações sociais e ressaltando os conflitos sociais. Ele surge com o conceito de Estado ampliado, sendo possível analisar o Estado capitalista no século XX. Ele valoriza a cultura como formas de organização para um desenvolvimento da sociedade político e Estado estão diretamente ligados à cultura, deste modo as transformações ocorreram com movimentos sociais organizados.

As verdadeiras e necessárias políticas públicas são feitas para atingir que grupos realmente? Ele questiona tal hegemonia. Os conflitos entre as classes dominantes dificultam a realização e implementação de políticas públicas. Devemos dar ênfase a importância das entidades de classe. Gramsci propõe uma analise na política e nas instituições socialistas, fomentando uma atuação do Estado em âmbito diferente da sociedade, independente das classes.
Os Conceitos de Michael Pollak, sobre memória esta relacionado ao que chamam hoje de História oral.
Embora a memória pareça ter uma lógica individual, íntima, pessoal, para Maurice Halbwachs, a memória deve ser entendida também, como um fenômeno coletivo e social, que esta sujeita a transformações, porém existem nas memórias individuais ou coletivas, pontos imutáveis.
Halbwanchs levanta uma questão interessante, no conceito de memória coletiva, pois afirma que é onde encontra-se a História vivida, devendo avaliar a realidade, pois a sociedade e seus diversos grupos sociais criam suas classificações, que nada tem a ver com a História nacional construída.
Michael Pollak vai além e fala da memória nacional envolta nas datas oficiais, que mostram a luta política e os conflitos gerados nesta forma de construção da memória de um povo. As questões da memória remetem a História ao social, que são análises feitas por diversos grupos da sociedade.
Os historiadores têm nessa nova história, ou seja, o enquadramento da memória, uma das formas de tratar a História nacional, fugindo dos paradigmas do positivismo.
A transformação da História, em histórias parciais e plurais é que faz da História uma ciência social, utilizando novas maneiras de utilizar suas fontes.
O conceito de Nalu Faria e Miriam Nobre, sobre gênero procura explicar as relações entre mulheres e homens. O conceito de gênero foi trabalhado inicialmente pela antropologia e pela psicanálise, situando a construção das relações de gênero na definição das identidades feminina e masculina, como base para a existência de papéis sociais distintos e hierárquicos (desiguais).
A partir desta análise o ser mulher e ser homem como uma construção social, a partir do conceito estabelecido como feminino e masculino e das funções sociais destinados a cada um. Desta forma, gênero um termo da gramática, foi utilizado para diferenciar na sociedade o masculino do feminino do sexo biológico.
Para Nalu Faria e Miriam Nobre gênero supera as antigas dicotomias entre produção e reprodução, público e privado e mostra como mulheres e homens estão ao mesmo tempo em todas as esferas e ainda afirmam que o conceito de gênero possibilita ver o que há de comum entre as mulheres, porque mostra como mulheres e homens estão no conjunto da sociedade.
Segundo Marta Lamas, o novo conceito Gênero permitiu a com preensão de que não é a anomalia que posiciona mulheres e homens em âmbitos e hierarquias distintos, e sim a simbolização que as sociedades fazem dela. No momento em que o feminismo desenvolve o conceito de Gênero, se propõe a revisar a dicotomia tradicional e fundamentada na cultura ocidental, a onde se coloca o que é “próprio” para os homens e “próprio” para as mulheres. Tal tradição é androcêntrica, o que não direciona a produção do conhecimento, legitimando assim os métodos de dominação e exclusão.
Sempre tive preocupação com a sociedade e como fazer para transformá-la e, tentar mostrar e construir uma sociedade igualitária. Penso na pesquisa de Gênero de várias formas: nos movimentos sociais, nos sindicatos, nas catadoras, domésticas, donas de casa e etc., com o objetivo de fomentar nessas mulheres suas contribuições para nossa sociedade e o vigor que elas têm para desempenhar várias funções, tais como, mãe, mulher, companheiras amigas, filhas, trabalhadoras com um amor e dedicação que nos permite pensar, se estas mulheres têm noção de seu papel na sociedade.
Pretendo fugir do paradoxo, homem x mulher, pois quero transcender o imaginário dessas mulheres e faze-las desabrochar.
Através do ressurgimento dessas mulheres, exatamente no cotidiano delas, descobrir que são felizes, deste jeito e pronto, sem precisar de títulos ou profissões, para se descobrirem, já existem. Pois não podemos deixar esse sistema neoliberal, assolar nossas memórias, pois o formato hoje é de assolamento das idéias de um povo e devemos fugir deste sistema, sei que é possível sairmos desta inércia, por sermos seres pensantes e críticos do que temos a nossa volta, sendo assim seguiremos rumo a uma sociedade justa.
Acredito em um luta dialética, uma luta de mentalidades, uma luta de vários sabores, desta forma, retirar as amarras de muitas mulheres e ganhar o mundo com a força de suas raízes.




















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