sexta-feira, 22 de abril de 2016

MUDANDO O RUMO DA PROSA


Ontem eu comecei uma reflexão que está sendo muito doida, estou mexendo e remexendo no meu “eu”, minhas atitudes, e entre uma neurose ou outra, entre uma justificativa e uma pergunta, nenhuma resposta até agora, somente a certeza de que estamos nesse mundo para ser feliz e para isso temos que ouvir nosso coração, nossa voz interior e seguir as pistas, sem titubear. Estou bem no meio de minha própria caixa de pandora, do meu triangulo das bermudas interno, a caixa quando abro sai é coisa, nossa! Nem eu tinha noção que tinha tudo isso dentro de mim. E aí fico perdida, mas na tentativa de me encontrar, me reconectar com o sagrado, com a mulher que sempre desejei ser e neste momento da vida percebo que estou muito distante dela, mesmo sabendo que ao longo de minhas quarenta e duas primaveras o que tenho feito é tentar encontrar um norte, um lugar no qual eu possa respirar, ouvir os pássaros e escrever, escrever, apagar, e tornar a escrever. Vou seguindo meus dias na certeza de que a cada amanhecer tento ver o brilho do sol, conversar com ele, ouvir seus conselhos, senti o vento e as mensagens que ele trás, ver as batidas das ondas e ficar ali contemplando, até que a brisa do mar me diga algo que intui, mas não tenho bem certeza se é intuição ou meu coração, ver a lua iluminando tudo e meus pensamentos a vagar, sempre procurando respostas, sei que não virão prontas, virão sempre como enigmas, como um quebra cabeça, e vou montando, tentando decifrar e é assim que tentarei mudar o rumo da prosa.

Elaine Marcelina

Rio, 10/12/2015

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