REPAGINANDO...
REPENSANDO... REAVALIANDO
Os impasses da vida, as bolas
divididas me fazem ir para cima, lutar por meus direitos, tentar ir driblando a
bola até o gol, mesmo que a bola bata na trave, porque acho importante não
parar no meio do campo, só porque o time esta perdendo, temos nosso potencial e
até que o juiz apite o fim do jogo, o fim da prorrogação ainda temos tempo.
Então foi assim desta forma que aprendi a levar a minha vida, mas em alguns
momentos algumas atitudes nossas ou de outros conosco, nos faz parar para
pensar se estamos certos, se sabemos lidar com os nãos da vida, ou será que a
vida para nós tem que ser feitas de sim?
Nos últimos dias venho passando por
esta reflexão, até que ponto tenho que ir pra cima, Cavar o pênalti, Bater o
pênalti fazer o gol e sair vencedora? Porque posso somente jogar em minha
posição e as situações serão criadas em equipe, no coletivo, pois não posso
pensar que levo o time nas costas, é loucura! Um time tem onze jogadores e na
vida tem muitos jogadores, entretanto em determinadas partidas jogamos com
alguns poucos deles em outras com mais, porém o que emparelha a vida com uma
partida é que não acertamos sozinhos e também não perdemos sozinhos. Nós temos
que ter fé no outro, acreditar que ela vai te passar a bola e você fará o gol e
você também passará a bola para quem estiver em melhor posição. Diante deste
panorama vamos as reflexões, as vezes nos sentimos depreciados, postos para
trás em diversas situações desde a vez em uma fila, até a atenção de um ente
querido ou na sociedade de uma forma geral por gênero, por etnia, por classe
social e etc.
Hoje comecei a pensar que nem sempre
temos a razão em nossas reclamações, por vezes o atendente da loja realmente
não te viu ou outra situação qualquer, que não o que você tem como certo, outra
grande questão é quando alguém da família ou um amigo te diz não e aquilo virá
um nó, mas para o outro foi só uma decisão simples, pelo ponto de vista dele, e
nós algumas vezes fazemos disto um tragédia, ainda tem aquelas visitas de guarda compartilhada que sempre fogem ao
nosso controle, e isso tem me feito pensar muito, primeiro damos muito valor as
regras, aos combinados, sabendo que a vida é pulsante e tudo pode mudar, caso
mude o mais importante não é a visita daquela semana, naquela hora que vai
contar no fim da vida, o que vai contar é todo o resto, todo o comprometimento,
todas as outras visitas que ocorreram sem problemas e mais o carinho, o amor, a
dedicação, a atenção.
Parar neste momento para reavaliar,
fazer um balanço é importante, até porque não posso reescrever minha história,
mas com toda certeza posso repensar meus valores, minhas ideias, meus “sims”,
meus “nãos”, minha vida, de forma a viver mas leve, sem tanto rigor com os
horários, com as datas, com as pessoas, com os amigos, com a filha, com a
família, com tudo e todos a minha volta, até porque não detemos o poder de
conduzir tudo, com uma varinha de condão. Precisamos viver, sabendo ou
aprendendo a conviver com o sim, com o não, com o talvez, com o até já, com o
até logo, com o até breve.
Elaine
Marcelina
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