DEGUSTANDO:
SÓ UMA PEQUENA ENTRADA
Quando
pensei neste exercício de encaixar a vida no roteiro de um jantar, mas aquele
jantar, com tudo que tem direito, pois bem e todo jantar que se preze, tem uma
entrada, são aqueles petiscos, que você vai beliscando e conversando, enquanto
espera o primeiro prato, é uma coisa leve só mesmo para abrir o apetite. Vamos
lá, na sua vida o que te abre o apetite? O que te faz ficar papeando
descontraidamente, até a chegada do primeiro prato? Enquanto você vai pensando
numa resposta vou descrevendo e respondendo a questão, pra mim a entrada da
vida é a fase da adolescência, você está ali meio sem saber o que esta
acontecendo com você com seu corpo, aguardando uma mudança, que nem sabe bem
como é, só sabe que quer, e fica sedento, passa por poucas e boas até chegar a
fase adulta, que seria aqui neste caso o próximo quesito da noite, mais
voltemos a este, a entrada, que a meu ver é bem no meio de minha adolescência,
onde eu tinha até vergonha de rir, tinha vergonha dos dentes, mas era
observadora, desejava os dezoito anos, achava que seria o auge da minha vida,
bem se ver que estava só na entrada mesmo da vida. E por falar nesta fase de
minha vida, eu a degustei do jeito que deu, com todas as crises pertinentes a
idade, as espinhas, o corpo mudando, fui degustando a vida conforme dava, e
posso dizer-lhes de cadeira a entrada de minha vida foram meu prenuncio dos
meus anos dourados, um dourado meio lusco-fusco, mias fui feliz, fui
adolescente, com todas as letras, com toda a entonação necessária a época e a
ebulição que nos causa este período da vida. Então fazendo hoje um balanço da
minha adolescência, foi uma degustação saborosa, com pouca pimenta, sal a
gosto, alguns quitutes, muitas torradinhas, enfim uma entrada para ninguém botar
defeito.
Elaine
Marcelina
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