quinta-feira, 19 de março de 2020

Receita da felicidade


RECEITA DA FELICIDADE
Ingredientes:
100 gramas de alegria
150 gramas de amor puro
500 gramas de bom humor
200 gramas de energia vital
1 Kg de esperança na vida
150 a 690 gramas de sexo
100 gramas de compreensão
150 gramas de amor ao próximo
200 gramas de paixão
500 gramas de diálogo
100 gramas de reflexão
01 pitada de emoção
01 gota de euforia
01 lata de caráter
01 toque de ousadia, a gosto.
Modo de preparar
Colocar todos os ingredientes num recipiente límpido, mexer com as mãos, até formar uma massa homogênea, colocar na forma da vida, deixar assar pelo tempo necessário, para o seu forno pessoal, assim que o cheiro começar a exalar por seus poros, e a alegria sair por seu rosto esboçando um sorriso largo e seu coração estiver leve, a felicidade estará pronta para ser servida e absorvida por você e os seus. Este prato deve ser servido quente, com o calor necessário para aquecer o coração e encher sua vida de alegria e felicidade.


Elaine Marcelina

O ato de escrever

O ato de escrever

A escrita é fascinante, digo isto, com muita tranquilidade, pois a cada dia me surpreendo com o que o outro escreve, assim como com o que escrevo, com as possibilidades que a escrita me permite. E minha intenção é desmistificar esse ato, o ato de escrever, sei que pode ser uma missão pretensiosa, porém acredito ser necessária, pois a partir do momento que nos descobrimos, descobrimos nosso potencial, podemos ganhar o mundo, crescer enquanto pessoas, no melhor sentido da palavra. E o ato de escrever por vezes pode ser congelante para muitos e suave para outros tantos. Em que time você está? No congelante ou no suave? Seja em qual time estiver, te convido a transitar por esta estrada, com algumas técnicas, sem medo, com coragem, sendo você, se jogando, encarando de frente, partindo para cima, enfim, vamos adentrar ao mundo da escrita e descobrir que quando queremos podemos jogar qualquer jogo e sair vitorioso no final, e se não sair vitorioso na primeira partida, no mínimo vai aprender diversidades de jogadas, para fazer um gol, mas neste caso um gol de letras. Para escrever, você precisa ler, ler muito, ler de tudo, jornal, revista, gibi, livros, artigos, teses, cartas, tudo que ver pela frente e que te agrade, sim a leitura tem que ser convidativa, do tipo daqueles pratos maravilhosos, do tipo da chamada de um programa interessante, por exemplo o que me atraí as vezes é o título de um artigo, uma frase, algo que alguém diz, pois tudo te leva a ler e tudo te leva a escrever. E se não é bem assim, vamos pensar em coisas que você goste de pensar e que você gostaria de ler ou de escrever, é bem aí que nasce a escrita, numa inquietação que nós temos, assim nasceu este texto, na minha inquietação de apresentar a escrita de forma bonita, sem trauma, com beleza, assim como ela se apresentou para mim, bem suave. Escrever é isso, é pegar caneta e papel e começar a rabiscar o que vem à mente, ou está diante do computador, após ter pesquisado muitas coisas e ainda não encontrou bem o que você queria, para expressar seu pensamento, você senta e escreve, aí nasce um texto. A Toni Morrison, uma grande escritora que admiro muito diz o seguinte “se tem um livro que você gostarias de ler e ele não existe, escreva-o”, e assim fui eu com esse texto, eu precisava explicar da melhor forma, como é o ato de escrever para mim e como ele pode passar de congelante a suave para vocês ou de suave para a cereja do bolo, entendem? É um pouco de muitas coisas reunidas, mas a principal delas é a coragem e a vontade de escrever, ou ao menos de ousar, no meu caso, foi a ousadia, que me levou a escrever, é a ousadia que me faz entrar neste universo de escrita criativa, de levar as pessoas a perderem o medo da escrita, a desejarem narrar suas histórias, tal qual aquela típica frase “minha vida dá um livro”, quem nunca ouviu essa frase ou já a repetiu? Pois bem toda vida dá um livro, toda história da um livro, e por aí vai, não tem receita, tem sugestões, por exemplo, pensar, pôr no papel, ler, reler, arrumar, rearrumar, escrever, reescrever, dividir com os amigos, ajustar, nasceu um texto, essa pode ser uma sugestão de escrita, tem várias, e cada um vai descobrindo a sua forma de escrever, seu jeito, eu por exemplo escrevo melhor a noite e de madrugada, gosto do silencio, eu moro em apartamento, no primeiro andar, durante o dia tem barulho das crianças, dos vizinhos, embora eu consiga ler e trabalhar, não produzo bem durante o dia, se for preciso faço, mas render mesmo, rendo a noite, e assim como eu, cada um descobre seu melhor método, seu melhor horário para escrever. No início eu só escrevia a lápis, e eles tinham que estar bem apontados, mas como sou pesquisadora, escritora e colunista, hoje meu oficio é escrever, preciso escrever no celular, no bloco de notas, no Whatzapp, anoto uma ideia no caderninho ou no celular, vamos mudando como o tempo muda, assim como as coisas evoluem, nós evoluímos também. O melhor de tudo no ato de escrever, é colocar emoções reais ou imaginárias no papel e em algum momento de sua vida, alguém se vê no seu texto, ou você toca alguém, emociona alguém e acaba se emocionando com esse retorno, a escrita ela atinge uma infinidade de pessoas, de formas que por vezes você nem imagina, porque ao escrever você pois no papel o que estava dentro de ti, sem pretensão, mas que tem muitos efeitos positivos, e o maior deles é a coragem em pôr no papel sua ousadia em forma de texto.

Elaine Marcelina
  

A palavra e a escrita


A PALAVRA E A ESCRITA
A palavra nós aprendemos quando vamos nos entendendo por gente, um bebezinho vai balbuciando tudo aquilo que ouve a sua volta, e quando vemos a palavra nasce. Todos se alegram de ver o bebê dizer “mama, papa, gugu, dada...”, até falar uma palavra ou outra e depois frases, é todo um processo onde ele vai acumulando sem perceber tudo aquilo que escuta e vai repetindo. É muito bom de ver essa evolução. Pois bem, e a escrita? Como nasce? Muitos ficam travados para escrever, tremem numa redação... e para escrever um bilhete? Uma carta? Um e-mail? Bem, eu digo que para escrever basta ter uma ideia e começar. Mas começar como? Irão perguntar, e eu digo: começar do começo. É pegar caneta e papel, ou lápis e papel, ou a tela do computador e escolher um programa para iniciar sua aventura pela escrita, ou no mais novo objeto de consumo e desejos, o celular, tem bloco de notas, pacote Office, tem as redes sociais, tudo é um treino para começar, certo? Então, meus amigos, palavra e escrita é junção de arroz com feijão, queijo com goiabada, Romeu e Julieta, Piu Piu e Frajola, e por aí vai. Associem as palavras que falamos, aquelas que lemos, e vamos nos aventurar pelos caminhos da escrita. As palavras e a escrita movem os meus dias hoje, do literal ao poético, e muitas vezes eu paro e me pergunto: como isso aconteceu? Um prazer, um sonho, um desejo, mil coisas dentro de mim, outras tantas fora de mim e muitas no universo me fizeram trilhar esse caminho de palavras e escrita. Meus queridos (as), eu os convido a entrar nessa linda aventura comigo.
Elaine Marcelina 

Panela Literária


PANELA LITERÁRIA
Minha panela é de papel, pode ser de vários formatos, pequena, grande, larga...
Mexo minha panela com a colher de pau, mas minha colher é a caneta ou o lápis, porém o lápis bem apontado é melhor. E quando uso a colher lápis, prefiro a panela em branco, sem linhas, pois aí ao mexer, vai fluindo, fluindo, sem que nem porque, começo a por na panela minhas idéias, e vou refogando, refogando, quando acho que a idéia “dorou, apurou”, ou seja, brotou, eu vou mexendo, vai nascendo, as letras vão nascendo,  vão nascendo as frases, a idéia vai cozinhando, tipo a vapor, essa é a melhor, depois de refogar bem, ponho sal na medida certa, ponho água, baixo o fogo e cálculo o tempo de cozimento, é neste tempo que surgem mais idéias e tenho que aproveitar a fervura de idéias, o borbulhar, e assim vai borbulhando e borbulhando, vou escrevendo antes da panela secar, antes de ficar pronto, provo, ou seja, leio e digo ainda esta duro, ponho um pouco mais de água e abaixo o fogo, neste processo vou limpando o texto,porque embora ele esteja quase pronto, assim como o arroz, tenho que tomar cuidado porque ele pode ficar soltinho, ou papa, salgado ou insosso, enfim, o cuidado com o arroz pra uma cozinheira é o mesmo que o cuidado com um texto para o escritor, o texto tem que ser preparado, lavado, por pra dourar, refogar, refogar (rever), por o sal, no ponto, o toque essencial, colocar água na medida para ficar solto e não papa, entendeu? Os rituais são parecidos. E na panela do escritor o texto tem que fluir, tem o “ponto” sabe? E eu não sei dizer qual é, só sei que vou deixando o pensamento fluir, a idéia sair da cabeça e ir para o papel, uns chamam de inspiração, mas ainda que escreva diante da inspiração ou movida por ela, ainda assim tem de fazer tal qual a cozinheira ao fazer o arroz. Sejam bem-vindos a minha panela, minha panela literária. Nesta panela, os grãos são as letras, e quando se unem formam um alimento comum, mas gostoso, e unindo estas “letras grãos”, durante o cozimento viram “palavras alimento”, estas “palavras alimento” unidas formam frases, essas “frases gostosas” unidas, após uma pitada de “sal” e a medida certa de água, “água idéia”,  nasce ali um belo conto ou um “conto alimento”, uma boa crônica, ou uma prosa, enfim, nasce ali um prato ou um texto, ou melhor, um “prato texto”, dependendo da habilidade do cozinheiro ou do escritor, de certo nascerá uma delicia pra comer ou pra ler. Fica ao gosto e a pedida do freguês. Então mãos a obra!

Elaine Marcelina

O Reginaldo derreteu


O REGINALDO DERRETEU!
Hoje quando cheguei, minha mãe veio me falando toda feliz, “filha não sabe o que aconteceu! ” Diz mãe. Ela continuou “sabe o “Reginaldo”? Sei, o que tem? Pergunte a Anna, ele derreteu, acho que ele já estava aborrecido de tanto agente falar mal dele. Me explica, como foi isso? E minha mãe começou a explicação, “foi assim, hoje resolvi fazer um purê e como só tinha o “Reginaldo”, coloquei ele mesmo e para minha surpresa ele derreteu, tinha que vê a Anna me chamando, vó vem vê o “Reginaldo”, ele derreteu! ”.
Acredito que estejam curiosos para conhecer a identidade do “Reginaldo”, pois é vamos lá. Certa vez comprei um queijo ralado, não lembro a marca, mas era muito ruim, não derretia por nada e minha mãe que gosta muito de cozinhar, vivia debochando do queijo e como ela só usa queijo ralado da marca Regina, um belo dia ela batizou o queijo ruim de “Reginaldo” e ela dizia assim “não tem Regina não gente, só tem o “Reginaldo” e foi assim que nasceu o “Reginaldo””. Mas como tudo na vida tem uma solução, o “Reginaldo” para surpresa de minha mãe, no fim da vida resolveu derreter, fazendo assim a alegria e satisfação de todos e ao mesmo tempo, de certa forma, cumprindo com a missão de sua vida. Então quem um dia comprar um “Reginaldo” pode ter esperanças de que um dia, mesmo que no fim da vida ele vá cumprir com suas obrigações e pode surpreender você e sua família.


Elaine Marcelina

DEGUSTANDO: SÓ UMA PEQUENA ENTRADA


DEGUSTANDO: SÓ UMA PEQUENA ENTRADA

Quando pensei neste exercício de encaixar a vida no roteiro de um jantar, mas aquele jantar, com tudo que tem direito, pois bem e todo jantar que se preze, tem uma entrada, são aqueles petiscos, que você vai beliscando e conversando, enquanto espera o primeiro prato, é uma coisa leve só mesmo para abrir o apetite. Há quem diga que nunca foi a um jantar desses, e me diria “como o que tiver para hoje”, então o exercício vai para a pluralidade, tanto quem já experimentou um jantar cheio de salamaleques, ou jantar da casa mãe ou dos amigos, ou até mesmo o famoso “o que tem pra hoje? ” Tudo isso está valendo.  Vamos lá, na sua vida o que te abre o apetite? O que te faz ficar papeando descontraidamente, até a chegada do primeiro prato? Enquanto você vai pensando numa resposta vou descrevendo e respondendo a questão, pra mim a entrada da vida é a fase da adolescência, você está ali meio sem saber o que esta acontecendo com você com seu corpo, aguardando uma mudança, que nem sabe bem como é, só sabe que quer, e fica sedento, passa por poucas e boas até chegar a fase adulta, que seria aqui neste caso o próximo quesito da noite, mais voltemos a este, a entrada, que a meu ver é bem no meio de minha adolescência, onde eu tinha até vergonha de rir, tinha vergonha dos dentes, mas era observadora, desejava os dezoito anos, achava que seria o auge da minha vida, bem se ver que estava só na entrada mesmo da vida. E por falar nesta fase de minha vida, eu a degustei do jeito que deu, com todas as crises pertinentes a idade, as espinhas, o corpo mudando, fui degustando a vida conforme dava, e posso dizer-lhes de cadeira a entrada de minha vida foram meu prenuncio dos meus anos dourados, um dourado meio lusco-fusco, mias fui feliz, fui adolescente, com todas as letras, com toda a entonação necessária a época e a ebulição que nos causa este período da vida. Então fazendo hoje um balanço da minha adolescência, foi uma degustação saborosa, com pouca pimenta, sal a gosto, alguns quitutes, muitas torradinhas, enfim uma entrada para ninguém botar defeito.

Elaine Marcelina


Sabores e temperos da vida


SABORES E TEMPEROS DA VIDA

Quando penso nos sabores da vida, logo me vem à cabeça os prazeres que a vida nos proporciona, são diversos prazeres da carne, da alma, enfim e com esta diversidade de sabores e prazeres temos que acertar no tempero pra não azedar, foi quando hoje ao responder um amigo me veio a ideia de que nossas dificuldades, as diversidades que a vida nos impõe são nada mais do que os temperos e que pra vida ter sabor e podermos ter prazer, o tempero tem que estar na medida certa, nem mais nem menos e aí fica a dica, descubra seu tempero, como gosta ou do que gosta? Meio acido? Meio azedo? Meio salgado? Insosso? Doce? Salgado? Agridoce? Amargo? Meio amargo? Cremoso? Suculento? Aguado? Cítrico? Em cores? Quente? Frio? Morno? Ao ponto? Ao dente?
Meus queridos a vida não é linear então passamos por essa diversidade de temperos e formas de saboreá-la, e para isso cada um de nós tem que descobrir que tempero, que tom, que sabor, que prazer quer ter na vida e batalhar para chegar lá, não vai ser fácil, pois temos aí um mundo de opções, podemos até gostar de variar, por exemplo para cada ocasião um tempero e assim vamos pegando experiência e aprendendo a conviver com os prazeres e sabores da vida, que ora pode ser a la carte, ora self service, porém o mais importante é nos servirmos e saborearmos sempre, independente das regras de etiqueta, crie suas próprias regras, suas próprias opções, seu próprio cardápio, sua própria forma de servir e ser servido, que tal?

Elaine Marcelina





Receita da felicidade

RECEITA DA FELICIDADE Ingredientes: 100 gramas de alegria 150 gramas de amor puro 500 gramas de bom humor 200 gramas de energia ...