Ontem
eu comecei uma reflexão que está sendo muito doida, estou mexendo e remexendo
no meu “eu”, minhas atitudes, e entre uma neurose ou outra, entre uma
justificativa e uma pergunta, nenhuma resposta até agora, somente a certeza de
que estamos nesse mundo para ser feliz e para isso temos que ouvir nosso
coração, nossa voz interior e seguir as pistas, sem titubear. Estou bem no meio
de minha própria caixa de pandora, do meu triangulo das bermudas interno, a
caixa quando abro sai é coisa, nossa! Nem eu tinha noção que tinha tudo isso
dentro de mim. E aí fico perdida, mas na tentativa de me encontrar, me
reconectar com o sagrado, com a mulher que sempre desejei ser e neste momento
da vida percebo que estou muito distante dela, mesmo sabendo que ao longo de minhas
quarenta e duas primaveras o que tenho feito é tentar encontrar um norte, um
lugar no qual eu possa respirar, ouvir os pássaros e escrever, escrever,
apagar, e tornar a escrever. Vou seguindo meus dias na certeza de que a cada
amanhecer tento ver o brilho do sol, conversar com ele, ouvir seus conselhos,
senti o vento e as mensagens que ele trás, ver as batidas das ondas e ficar ali
contemplando, até que a brisa do mar me diga algo que intui, mas não tenho bem
certeza se é intuição ou meu coração, ver a lua iluminando tudo e meus
pensamentos a vagar, sempre procurando respostas, sei que não virão prontas,
virão sempre como enigmas, como um quebra cabeça, e vou montando, tentando
decifrar e é assim que tentarei mudar o rumo da prosa.
Elaine
Marcelina
Rio,
10/12/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário