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VIDA: INÍCIO, MEIO E FIM
Hoje li um texto da Martha Medeiros, onde ela fala do
decorrer da vida, que ela intitula como meio, bom me remeteu a minha vida, uma
curta análise da minha caixa preta e as descobertas ou reflexões do conteúdo
encontrado são que meu inicio de vida, a infância foi conturbado, pois aos três
anos fui morar com a família que minha mãe escolheu, e aí vivi tantas coisas,
um pai emprestado, não só o pai, mas a avó, tios, primos e os meus meio irmãos,
vivi lá até os dez anos de idade e a partir daí voltei a viver com minha mãe,
uma nova família, outro pai, mais dois meio irmãos e acho que ali começou o
meio da minha vida, pois veio a adolescência, fase complexa, eu era uma
adolescente cheia de complexos, achava meus dentes grandes demais, me apaixonei
várias vezes, a vida foi muito dura comigo, pois logo cedo tive
responsabilidades, tais como olhar e tomar conta dos novos irmãos, minha mãe
bebia muito, eu querendo estudar, ir para a universidade pública, não deu,
tinha que olhar as crianças, o tempo foi passando e veio o emprego, a vida
adulta, ainda no meio claro, vivi com um grande amor durante anos, depois nos
perdemos e a partir daí as decisões, os acertos ou desacertos forma mais
intensos e solitários, decidir é sempre cruel. Quando chegamos a vida adulta
pensamos que temos que acertar sempre, porque não somos mais crianças e nem
adolescentes, mas tal cobrança pesa tanto, que por vezes esquecemos que somos
somente adultos e como seres humanos, vamos continuar errando, acertando, o que
de fato importa e seguir, seguir em frente sem pestanejar, porque nem sempre
poderemos voltar a trás, jamais podemos ficar inertes a qualquer situação que
seja. Acabeis de pensar, estou do meio da vida para o final, mas como saber
onde e quando será o final? Aí me vem uma frase de Luter Kung “Se souber que a
vida acaba amanhã, ainda plantarei uma árvore hoje”. Não importa se vai acabar
a amanhã ou daqui a alguns anos, o que importa é nosso legado, o que de fato
aprendemos, neste início e meio até chegar ao fim, mas penso, que fim? E se
formos eternos, e se a vida continuar após a morte, eu acredito nisso, então
haverá uma continuidade deste espírito que viveu na terra e passara para outra
fase da vida, a vida espiritual. E os que não acreditam em vida após a morte?
Acaba ali? Pode ser o fim do corpo, mas não da alma, porque não podemos passar
somente pela vida, temos que deixar marcas, alguns dizem: “ter um filho,
plantar uma árvore e escrever um livro”, nesta tríade, esta descrito o
seguinte, gerar um filho, quem não os tiver, gere idéias e estas serão seus
filhos, quanto a árvore, para mim são sementes que podemos plantar de várias
formas, até mesmo, com idéias ou projetos frutíferos, que se bem regados também
cresceram, floresceram e darão belos frutos, frutos da delícia da vida, da
forma de conduzi-la. E o livro? Bom, se não escrever um livro, de certo tem
experiências fortes e marcantes que se trocadas com as experiências dos amigos,
daria um ótimo livro, e seria um Best Seeler, o que pretendo com estes exemplos
é mostrar que todos nós seres humanos, produzimos idéias, saberes e nem sempre
trocamos ou falamos para alguém, às vezes fica lá guardado eternamente em nossa
caixinha preta, que se nós tememos abrir, que dirá falar para alguém nossas
idéias, nossa angustias, nossas frustrações, enfim, nosso eu, isso é para
poucos, que tem a coragem de compartilhar, mas independentemente de
compartilhar ou não somos carregados de histórias, porque nascemos e ao nascer,
pronto iniciamos o ciclo e querendo ou não temos que ir para o meio e
chegaremos ao fim e aí, só aí saberemos discernir que tipo de vida levamos do
início ao fim.
Elaine Marcelina
Um comentário:
Parabéns pelo texto! O importante é que sempre é tempo de recomeçar. Por isso mais uma vez um grande abraço, um brinde a vida e um ótimo 2012!
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